10 junho 2008

Apocalyptica - Rock in Rio Lisboa 2008

Por volta das 20.30h, pouco após a actuação dos Moonspell, o sol já se punha, e a “Cidade do Rock” já se encontrava bem composta, estando, as colinas laterais, já recheadas de público, preparado para o concerto dos Apocalyptica. De uma banda composta por quatro violoncelistas, acompanhados por um baterista (não, já não é Dave Lombardo dos Slayer, mas não lhe fica atrás, isso não), esperava-se tudo menos o assombroso cocktail Metal/Música Clássica, que pôs o público num mosh mais violento e maior que em Moonspell (também, devido ao número de pessoas ser, por aquela altura, três ou quatro vezes maior).




A abrir o concerto, Refuse/Resist, um original dos Sepultura, deu logo a entender que os finlandeses não estavam ali para brincadeiras. Se o primeiro tema prometia, as músicas seguintes dissiparam qualquer dúvida que este seria o concerto sensação do dia dedicado às sonoridades mais pesadas do Rock in Rio Lisboa 2008. Grace, I’m Not Jesus (que conta com Corey Taylor (Slipknot/Stone Sour) na versão original) e Ion foram essas músicas (todas pertencentes ao seu álbum mais recente: Worlds Collide), e precederam a primeira cover de Metallica da tarde/noite: Fight Fire With Fire, que foi recebida com uma grande ovação, logo quando se perceberam as primeiras notas.



Seguiu-se a 5ª Sinfonia de Beethoven, previamente anunciada pelo Inglês “nórdico”, quase imperceptível de Eicca Toppinen. Então, veio Betrayal (originalmente gravada com Dave Lombardo), que permitiu mais uma vaga de empurrões e pancadaria, à qual lhes sucederam Bittersweet e Last Hope (contando, também, a versão original com a presença de Lombardo).


Então, chegou o momento alto do concerto! Não, não estou a falar da mensagem da Greenpeace, na qual Eicca pedia (embora não se percebesse metade) que o público respeitasse o ambiente e afins, e para mandar uma mensagem para um qualquer número de custo acrescentado, que viria a salvar o Mundo. Estou a falar, sim, do momento em que os Apocalyptica tocaram pela segunda vez uma cover de Metallica: Seek and Destroy originou a primeira grande entoação do público, nesta actuação meramente instrumental.


Como se isto tudo não bastasse, ainda houve tempo para mais três músicas. E que senhoras músicas (!): Inquisition Symphony; Hall of the Mountain King e Semann (música original dos Rammstein) foram apocalípticas e fecharam este memorável espectáculo com chave de ouro.


Ao vivo, a técnica irrepreensível que caracteriza a banda vincou-se, notando-se que os solos das versões de estúdio não levam “aditivos”; eles solam tão bem e tão rápido como qualquer virtuoso da guitarra, e Mikko Sirén, o baterista é extremamente bom e, muito por culpa dele, pode haver muito bom, mas muito bom mosh.



Foi uma hora de concerto arrepiante, em que a música clássica se aliou a um peso de fazer tremer o chão. Houve momentos geniais como os headbangings de graduados em música clássica, violoncelos com distorção ou melodias feitas com recurso a efeitos wah-wahs. Isto tudo, associado a uma garra imensa por parte da banda, tornaram esta ocasião numa daquelas que fica para a vida.

Fotos: Espanta Espíritos (Blitz)

3 comentários:

MarcoPina disse...

sem duvida que o momento alto do concerto dos Apocalyptica foi o cover dos metallica da "seek & destroy"...

simplesment magnifico!!

Anônimo disse...

apreciar apocalyptica da colina nao foi mt mau ate pk s tinha uma boa vista para o palco... a 5a sinfonia d bethoven é k me partiu todo... mas o cover da seek and destroy nao fikou nd atras... foi um concerto no minimo arrepiante...

Luís Almeida Ferreira disse...

Magnifico e arrepiante, sem dúvida! Já punham isso na net, isso sim!

Abraço!