08 dezembro 2008

Metallica

Está aí o novíssimo vídeo de All Nightmare Long:

07 dezembro 2008

... And Music For All

Estejam atentos que esperam-se grandes novidades para 2009. :)

29 novembro 2008

Faith No More

O regresso dos Californianos está por um fio: segundo a revista Kerrang!, os Faith No More planeiam regressar já no próximo ano. As mesmas fontes da revista britânica afirmam que alguns locais de concertos estão já reservados para tal enventualidade, bem como alguns festivais de Verão. De recordar que a banda acabou em 1998, tendo dado o seu último concerto em Lisboa.

28 novembro 2008

Motörhead

Dog Face Boy, faixa do álbum Sacrifice, vai aparecer no novo filme de animação da Disney: Bolt - a estrear dia 11 de Dezembro em Portugal. Já anteriormente, em The SpongeBob SquarePants (The Movie), a banda de Lemmy Kilmister havia emprestado You Better Swim à sua banda-sonora.


26 novembro 2008

Anthrax

A banda norte-americana está em estúdio desde 4 de Novembro, com vista a gravar o seu próximo álbum de originais: Worship Music. O registo com o selo da Nuclear Blast deverá ser editado em Maio do próximo ano.

25 novembro 2008

Machine Head

Hallowed Be Thy Name (Iron Maiden cover)



17 novembro 2008

Ram Jam

Black Betty

14 novembro 2008

Sepultura


Os brasileiros editarão em 2009, A-Lex, sucessor de Dante XXI. O registo que incluirá novo baterista - Jean Dolabella -, é baseado no livro Laranja Mecânica de Anthony Burgess (que inspirou, por sua vez, o filme de Kubrick). O alinhamento será o seguinte:

01. A-Lex I
02. Moloko Mesto
03. Filthy Rot
04. We’ve Lost You
05. What I do!
06. A-Lex II
07. The Treatment
08. Metamorphosis
09. Sadistic Values
10. Forceful Behavior
11. Conform
12. A-Lex III
13. The Experiment
14. Strike
15. Enough Said
16. Ludwig Van
17. A-Lex IV
18. Paradox

09 novembro 2008

Painted Black

Numa entrevista bastante clarificadora, Luís Fazendeiro e Daniel Lucas- guitarrista e vocalista dos Painted Black, respectivamente -, conseguiram em 10 respostas falar sobre rótulos musicais, processo de criação musical da banda e sua essência, o espectro musical underground, alguma coisa sobre o futuro desta grande promessa portuguesa, entre muitas outras coisas.

LAF - Os Painted Black têm um nome em Inglês, as letras são em Inglês… porquê Verbo?
Daniel Lucas - É complicado explicar o porquê dessa escolha sem mistificar um bocado. Para uma explicação simples, considero “Verbo” uma palavra forte que consegue transmitir percepções diversificadas a quem a ler. Para um falante português é uma palavra que pode levar a variadas interpretações, mas o mesmo poderá acontecer a alguém que não fale a nossa língua pois o equivalente, por exemplo em inglês ou francês não é muito diferente. Acredito que as palavras numa banda têm de ser tão fortes como a sua música, por isso o título foi ponderado dessa forma, para estar em uníssono com tudo o resto que existe além do título. Mas é livre a outras interpretações.


LAF - Seria Black Metal Melódico ou Ambiental um bom termo para definir os Painted Black?

DL - Sem te querer ofender, não tocamos Black Metal. Não nos inserimos nessa categoria de Metal sonora ou liricamente. Se ouvires bandas que tocam Black Metal (como por exemplo Satyricon, que estou a ouvir agora enquanto respondo à entrevista) vais verificar que não são grande comparação a se fazer à nossa musicalidade. Se tivermos que encaixar Painted Black num rótulo, aquele ao qual temos sido associados é o de Doom Metal. No entanto também temos alguma coisa de Death Metal, como temos de Atmosférico e uma outra panóplia de rótulos. Não temos propriamente uma linearidade musical que se insira numa só categoria. Talvez tenhamos um apontamento ou outro de Black Metal, mas deve ser só isso, um apontamento. Quando estamos a criar música não estamos a pensar que vamos fazer isto soar a Doom ou Death ou o que quer que seja, porque acho até que é uma forma muito restritiva de criar música, ou criar o que quer que seja. Não acho boa ideia querer criar algo e logo à partida estabelecer limites tais como rótulos musicais, que hoje em dia são tantos e variados que chegam a roçar o ridículo. Quem ouve a nossa música é livre de a interpretar como quiser, mas digo-te que se for rotulada logo a princípio, perde-se muito daquilo que realmente fazemos. Dentro de uma só música de Painted Black conseguimos encontrar diferentes espectros do Metal, mas unidos de uma forma coesa, sem costuras. E dentro dos nossos EP's também se encontra essa variedade de faixa para faixa. Aquilo que já até foi confundido por falta de direcção devia ser interpretado como uma escolha de vários caminhos, sem restrições ou barreiras de rótulos. Cada música é uma tempestade feita de outras pequenas tempestades. Em conclusão e depois deste discurso secante, só quero dizer que rótulos “suck”!


LAF - Além das bandas que influenciaram o som dos Painted Black, quais são as outras bandas que vocês ouvem, mas que não estão directamente ligadas ao vosso som?

DL - Seria uma lista enorme. Para mim é mais fácil dizer o que não gosto. Não gosto de dance music. Não tenho nada contra quem gosta ou quem faz dance music. Simplesmente não gosto logo, não ouço. Conheces o canal de televisão francês MCM? Pois grande parte da música que passa nesse canal é o género de música que não gosto. E falando de canais de televisão. Conheces o canal VH1? Gosto muito dos clássicos que passam nesse canal e não só dos clássicos do rock. Dos anos 60 aos anos 90 há muita música de que gosto e não é exclusivamente Metal. Se assim fosse, se só gostasse de Metal ou achasse que só Metal é que é bom seria uma pessoa muito limitada.


LAF - Qual a banda que vocês sonham algum dia poder partilhar um palco, por muito improvável ou impensável que seja?

DL - Também seria uma lista interminável. Mas como só pedes uma digo-te qual é a que está no topo da minha lista: My Dying Bride, porque são a banda que mais gosto (não a única, mas a preferida). E também porque gostava de gozar com o Aaron e apresentar os Painted Black tal como ele apresentou os My Dying Bride em Eindhoven no ano de 1995.


LAF - Luís, em que momentos e locais é que crias dedilhados e solos tão melódicos, ambientais e sentimentais? Onde arranjas inspiração?

Luís Fazendeiro - Bem, primeiro de tudo agradeço as palavras! A inspiração é algo que não consigo controlar mas as minhas ideias, por regra, surgem em casa. É um processo bastante solitário porque preciso de me isolar de maneira a retirar o máximo partido desse momento em que sinto predisposição para compor. Algumas vezes até consigo pressentir a inspiração antes sequer de pegar na guitarra, é muito fruto do momento e do meu estado de espírito na altura. O que é certo é que sempre tive a necessidade de me expressar e quando a música entrou na minha vida do ponto de vista de executante e não de mero ouvinte, ajudou e muito a saciar essa necessidade. É algo inato em mim, mas como podes perceber, é algo que dificilmente consigo definir plenamente por palavras. Tudo o que faço é extremamente pessoal e honesto e o único esforço consciente que faço é já numa segunda fase em que começo a estruturar o que criei e a adicionar outras camadas que ajudem a definir melhor o que pretendo transmitir musicalmente. Relativamente a solos e sem me alongar muito mais, é preciso também dar crédito ao Miguel, o nosso outro guitarrista, que na minha opinião fez o melhor solo do “Verbo”, no interlúdio acústico do tema “The Sin Path”.


LAF - Achas que o vosso som consegue mexer com os sentimentos das pessoas? Acima de tudo, vocês consideram-se uma banda sentimental, apesar do muito bom peso que se ouve por vezes?

LF - Bem, a única certeza que te posso dar é que mexe com os nossos sentimentos! Há sem dúvida um lado bastante emocional na nossa música e deve-se muito à forma como é criada. Se conseguimos ou não ter essa empatia com as pessoas que nos ouve, é algo que não podemos responder. Se existir é extremamente gratificante, mas em última análise, não nos vejo como uma “banda sentimental” mas como uma banda que sente genuinamente o que faz e que o tenta transmitir honestamente. Seja com peso, melodia ou melancolia, o importante é conseguirmos canalizar os momentos maus da vida para criar algo que no fim nos faça sentir bem. Se não estivermos sós nesse caminho, melhor ainda!


LAF - Qual é a tua opinião sobre a cena underground portuguesa? Conta-nos as tuas experiências sobre um meio em que já andas desde 2001: as dificuldades pelas quais vocês passaram, as coisas boas – e más, de certo - de pertencer a este circuito, etc.

LF - Bem, é verdade que começámos actividade em 2001, mas o contacto mais directo que tivemos com o meio apenas foi em 2005, com a edição da nossa primeira demo, “The Neverlight”. Até então as dificuldades que encontrámos foram as que todas as bandas que começam encontram normalmente: dificuldade em arranjar local de ensaio, comprar material, saída e entrada de elementos e fortalecer a nossa vontade de continuar com a banda. As coisas verdadeiramente más estarão sempre relacionadas com a saída de elementos da banda, porque são sempre situações muito delicadas e geralmente com pessoas amigas. Tudo o resto é uma questão de perseverança e de não nos deixarmos abater. O lado bom será sempre o orgulho que sentimos quando nos propomos a algo e o concretizamos, como a gravação das 2 demos. Sentir que nos esforçamos e os nossos objectivos se cumprem, isto sempre com os pés bem assentes na terra! Obviamente que todas as pessoas que recebem e abraçam a nossa música e todos os amigos que fazemos por estarmos neste meio são um presente enorme e que por vezes nos ajuda a crescer como pessoas e nos enriquece a alma. Quanto à cena underground portuguesa, houve claramente um aumento exponencial no número de bandas e paralelamente, o aumento de condições para estas registarem a sua música com melhor qualidade e exporem-na a um maior número de pessoas. O que lamento é a falta de visão de alguns promotores de espectáculos, a contínua resistência de estabelecimentos em ter concertos de metal e o encerramento de locais que antes os realizavam.


LAF - Em que ponto se encontra o vosso álbum de estreia que está para vir? Como está a correr todo o processo?

LF - O nosso álbum de estreia está actualmente a meio! Temos 4 temas registados, dos 8 que o irão integrar. Vamos começar a enviar promo packs para editoras e ver se temos a sorte de aparecer alguém interessado em editar. Entretanto temos já estúdio marcado para acabar as gravações no próximo ano nos UltraSound Studios, em Braga, por isso o nosso objectivo é mesmo terminar o álbum independentemente se conseguirmos arranjar editora até lá ou não.


LAF - Vêem-se a atravessar as fronteiras nacionais nos próximos anos?

LF - É um assunto que já conversámos entre nós, mas até terminarmos as gravações do álbum é algo que simplesmente não vemos a acontecer. Depois disso, iremos com certeza estudar essa possibilidade.


LAF - Há alguma coisa que queiram acrescentar?

LF - Muito obrigado pela entrevista! Votos de sucesso para o Melomanologia, saudações para todos os que estiverem a ler e quem quiser ouvir alguns dos nossos temas ou informar-se mais sobre os Painted Black visitem o nosso site oficial em www.paintedblack.no.sapo.pt e o nosso myspace em www.myspace.com/blacktapestry.

04 novembro 2008

Lamb Of God

Os Norte Americanos anunciaram a data do seu próximo lançamento: dia 24 de Fevereiro do ano que vem poderemos contar com Wrath, o 5º álbum de estúdio da banda que vai acompanhar os Metallica em algumas datas da digressão World Magnetic.

31 outubro 2008

Mastodon

Crack The Sky será o título do novo álbum de originais do quarteto de Blood & Thunder que vimos, em 2007, no Super Bock Super Rock. Este novo registo será editado no próximo ano, e, segundo, Brann Daylor - esse grande baterista! -, contará com os arranjos complexos do passado.

29 outubro 2008

Painted Black

Os portugueses Painted Black, originários da Covilhã, "sediados", hoje em dia, em Lisboa, serão a próxima banda a ser entrevistada pelo Melomanologia. Luís Fazendeiro, guitarrista deste (tão) promissor grupo será o porta-voz da banda, portanto, fiquem atentos e vão dando uma olhada (ou uma audição).

20 outubro 2008

Judas Priest, Megadeth e Testament

Foi hoje confirmado que a digressão Priest Feast passará por Portugal, a 17 de Março do próximo ano, no Pavilhão Atlântico. Então, para o ano, vamos poder presenciar três grandes nomes do Metal: Judas Priest (com Nostradamus na calha), os Megadeth de Dave Mustaine e Testament (com o recém-lançado Formation Of Damnation).

17 outubro 2008

Metallica

Os Norte-Americanos têm vindo a anunciar várias datas para concertos na Europa, inseridos na digressão World Magnetic, que visa promover o seu recente Death Magnetic. Cidades como Madrid e Paris já forma confirmadas, contudo, Portugal ainda não foi incluído. Como bandas de abertura, foram anunciadas Machine Head e The Sword (Estocolmo, Paris, Bélgica e Viena) e Lamb Of God e Mastodon (para o resto das datas).

12 outubro 2008

Guns N' Roses

Chinese Democracy, o tão adiado álbum da banda de Axl Rose, será editado a 23 de Novembro. Por enquanto, estará à venda, exclusivamente, na cadeia de lojas Best Buy. Entretanto, Appetite For Destruction, o álbum de lançamento da banda, será re-editado em vinil no próximo dia 28 de Outubro.

06 outubro 2008

Depeche Mode

Os britânicos Depeche Mode foram hoje confirmados para actuarem na próxima edição do Super Bock Super Rock Porto, inseridos na Tour Of The Universe.

01 outubro 2008

The Doors

Neste dia Mundial da Música...


30 setembro 2008

Passenger

In Reverse


26 setembro 2008

In Flames

Land Of Confusion (Genesis cover)


22 setembro 2008

Revolting Breed

Os gregos Revolting Breed, a nova promessa do Thrashcore, como anunciado, concederam uma entrevista ao Melomanologia, na qual se encontra tudo sobre a cena metal na Grécia, o combustível que move a banda e as razões porque ainda se faz música por gosto.


LAF - How's the Metal scene in Greece?
Alexander - There is a big number of underground bands [appearing in] the last years and several of them worth people's attention. But their existence is based mainly in local-town gigs and some demo releases. So it's very difficult for them to reach non-Greek ears. We also suffer from many quality issues: bad studios, bad producers, bad live sound and above all a wrong (actually non existent) perspective about the do it on you own logic. The whole situation is considered non profitable from the labels so their only "way out" has become the web.

Paulo Lemos - Do you have social or political ideals? What are they?
A - Of course we have. We think that each one of us on this planet has a consciousness that uses for everything he feels and does in his life. Breathing is a choice, loving is a choice, hating is a choice, closing your eyes or fighting against is another choice... There is no excuse. All your actions have a political, ethical and social dimension.

LAF - What are the bands that influence Revolting Breed?
A - Each one of us listens to a bunch of different stuff but Revolting Breed is the outcome of bands like At The Gates, The Haunted and the whole Swedish sound [Death Metal Melódico, principalmente], Lamb of God, Machine Head and also some death, punk or hardcore stuff...

LAF - Are you guys giving regular shows in Greece? Have you manage to play outside Greece?
A - The last four years that we’re together we’ve played in several cities in Greece. But we haven't done anything outside our country. Without a label, promoter, manager or whatever... is very difficult to arrange something like that. It can only happen with small bands in small places and when you have a small pocket is even more difficult with the transportation and accommodation issues. It needs a lot of time, effort, e-mails and probably money to do this.
But we definitely want to try to schedule it sometime in the near future!

LAF - Why did you liberate your album for free on the internet?
A - From the very beginning we never thought Revolting Breed to be a source of money or profit for us. We even considered to distribute our album for free. We finally decided to ask for a small 5 euro help [risos] for the production costs and for ensuring better circumstances for our future work! We use the money for better studio, live and recording equipment. As for the internet we give our music to the people for free and we just expect them to appreciate it!Who ever wants to support us can easily order our CD directly from us. Unfortunately we don't have any distribution deals with independent labels for now except one or two I think...

LAF - Lots of people consider Rise Against as one of the finest debut albums ever. Were you aware of that when you released it?
A - No, and we still believe the same thing... [risos]. We just did our best in playing, recording and producing our music. I'm sure there is a lot of bands out there who do the same and much better. And it's important to search and discover all these bands that didn't have
the "luck" of having a multinational label behind them...

LAF - Are you guys working on new material? Is there a new Revolting Breed album to be released?
A - Actually yes! We are in the middle of composing and arranging new songs. We hope that there will be a new album within the next year. We will probably do the production and mixing process completely on our own this time so it maybe take a little longer than usual. [ :) ]

LAF - Is Rise Against the first of a succession of great albums?
A - [Risos] We really can't say. We will be more than happy to know that some people think of us this way!! If we have the time and will to play together for some more years, be sure that we will do our best both in albums and live gigs to make ourselves and all those listening to Revolting Breed having a great time!!

LAF - Do you want to add something else?
A - We just want to thank you for the obvious support that you're showing us!! Just do the same for all these bands out there doing things on their own not because they can't otherwise but because they choose not to. We hope to see you some time in a live gig! Thanks again! Rise And Revolt!

20 setembro 2008

Scars On Broadway

Fica aqui o novíssimo vídeo da World Long Gone, assim como o vídeo do primeiro single, They Say.

World Long Gone


They Say

12 setembro 2008

Metallica

Death Magnetic

Data de Lançamento: 12/09/2008
Label: Warner Bros, Vertigo, Mercury, Universal
Alinhamento:
1.
That Was Just Your Life
2. The End Of The Line
3. Broken, Beat & Scarred
4. The Day That Never Comes
5. All Nightmare Long
6. Cyanide
7. The Unforgive III
8. The Judas Kiss
9. Suicide & Redemption
10. My Apocalypse

Confesso que não estava para fazer esta crítica. Estou de tal maneira envolvido por Death Magnetic e tenho tanta coisa a dizer sobre ele, que pensei que não ia conseguir fazer uma crítica imparcial. Mas, então, pensei: “além de realçar as coisas boas, tenho que ser verdadeiro em relação a algumas falhas e coisas menos boas que este álbum possa ter e não ser um fã com umas palas dos lados que diz que tudo é genial, porque é excelente, só para me afirmar como melhor fã do que o outro”. Porque, isto é o que eu tenho lido amiúde por aí e isto não se trata de uma competição.

O nono álbum de estúdio da banda de São Francisco veio envolto numa ond… num tsunami de hype, muito por causa do site Mission: Metallica. Este hype criou grande expectativa em relação a este lançamento, mas tirou toda a sua surpresa. No momento em que o álbum vazou para a net, já se conheciam Cyanide, The Day That Never Comes e My Apocalypse, sem contar com dezenas de riffs, excertos de letras, secções de bateria, etc… tudo cortesia do tal site. Se tivermos em conta que houve quem esperou até à data de lançamento oficial para o ouvir, estas pessoas já conheciam oficialmente 6 temas, juntando-se aos três anteriores All Nightmare Long, The Judas Kiss e Broken, Beat & Scarred.


Os Metallica, graças a St. Anger decidiram de vez recuperar a sua sonoridade old-school, fazendo um trabalho mais rápido, mais sujo, com solos com fartura. Rick Rubin é famoso por recuperar a essência das bandas que produz, talvez por isso, Bob Rock fora substituído por ele.


Antes de avançar para as músicas em si, gostava de dizer que, apesar de gostar muito do conceito que está na origem do nome do álbum e consequentes músicas, não estou propriamente contente com o título e a capa. Mas o que interessa aqui é a música, certo? O St. Anger tem uma capa bestial, um nome ainda melhor, mas é dos momentos mais fracos da banda (apesar de ser grande álbum).


Quando ouvi o álbum pela primeira vez, apesar de já familiarizado com muitas coisas, fiquei espantado. E tive razões para isso: o single The Day That Never Comes já rodava abundantemente e tinha sido anunciado por Lars que era um dos momentos mais fortes do disco, juntamente com The Unforgiven III, logo, fiquei de pé atrás. Segundo: Cyanide já tinha sido apresentada e não era propriamente aquilo que eu estava à espera de ouvir. Só My Apocalypse mantinha a excitação viva. Então, quando me meti a ouvir o álbum de inicio ao fim, fiquei rendido, porque os melhores momentos do álbum não estão em The Day That Never Comes ou Cyanide, mas sim na My Apocalypse, Broken Beat & Scarred, All Nightmare Long e The Judas Kiss.


Death Magnetic recupera a progressividade do …And Justice For All, mas, acima de tudo, recupera a agressividade dos quatro primeiros trabalhos, adicionando-lhe alguns toques de modernidade. Death Magnetic parece um álbum gravado ao vivo, capta toda a energia do quarteto, e isso é o que se pretende num álbum. Aqui há, desde Kill’em All ao Black Album, passando pelos Load e Re-Load, e até, St. Anger. Há riffs brutais. Há solos rápidos, loucos, melódicos. Há garra. Há grandes composições que fogem, completamente ao verso-refrão – solo - verso, em virtude de introdução arrastada-verso-refrão-verso-jam-solo-refrão. Há boas letras. Há, no fundo, mais um clássico.


A abertura do álbum é absolutamente explosiva, com That Was Just Your Life, The End Of The Line e Broken, Beat & Scarred, seguindo-se a progressiva e One sound-alike The Day That Never Comes, o primeiro single.


A abertura do álbum dá-se com um pulsar de coração. That Was Just Your Life é uma abertura perfeita para ilustrar o que vem a seguir no álbum.


The End Of The Line tem aquele toque funk do baixo de Trujillo, rebuscando o riff da New Song (temporariamente nomeada como Death Is Not The End); tem das melhores bridges dos Metallica, fazendo lembrar qualquer coisa de Load e Re-Load. E aquela entrada para os wha’s do solo do Kirk…!


Broken Beat and Scarred é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores músicas deste Death Magnetic: grandes riffs, grande solo, grandes vocalizações de Hetfield e grande letra. Todo o seu Groove leva às notáveis semelhanças a Rage Against The Machine. “We Die Hard!”.


The Day That Never Comes está dividida em duas partes distintas. A parte melódica e a parte agressiva. Os dedilhados iniciais, bem à boa maneira de James Hetfield, prevê-se que venham a ser imitados ao nível de uma Unforgiven ou Fade To Black. A segunda parte, sempre progressiva, tem o cume nos rápidos solos de Kirk, que, a dado momento, se transformam em twin-solos fantásticos, levando a um final brutal.


All Nightmare Long é o segundo grande momento deste álbum. Uma introdução da cortesia do senhor Robert Trujillo precede a uma sequência de riffs avassaladores, a um refrão catchy (digno das épocas Black Album) e a uns loucos 3 minutos finais. O recuperar de fôlego que se ouve aos 6.54m é daquelas coisas que faz valer uma música.


Cyanide, quanto a mim, foi um tiro ao lado. Não é uma música má, mas não consegue competir com nenhuma das mais pesadas de Death Magnetic. Devem ter guardado na gaveta músicas bem melhores que esta. Veremos nas músicas não editadas. O facto de a música não apresentar um fio condutor, deixa, felizmente, apreciá-la parte por parte.


A Unforgiven III, que tanta gente pôs a salivar, não chega a ser um fracasso total, devido à bela introdução ao piano, à fabulosa letra e à genialidade de Hammet. Pelo facto de não se assemelhar à primeira música, das duas uma: ou tinham-lhe dado outro nome ou não a incluíam num álbum feito de peso.


Após esta não muita bem conseguida reciclagem de um fenómeno lançado em 1991, chega-nos a música que vem completar o pódio: The Judas Kiss é o seu nome. Cheia de quebras de tempo, riffs fabulosos, um grande, grande solo, o que a marca mais é o refrão. A minha favorita.


Suicide & Redemption é um bom instrumental, mas, além de lhe faltar algum sentimento, deixa algo a desejar, pois existem coisas chamadas The Kall Of Ktulu, Orion e To Live Is To Die. Apresenta, contudo, um momento sublime: dos 3.21m aos 5.24m.


O final do álbum chega com My Apocalypse que parece vinda do longínquo 1983. Não destoaria no Kill’ Em All, tem toda a rapidez e veia thrash deste álbum de estreia. My Apocalypse é loucamente rápida, voraz, e possuidora de um momento vertiginoso, que é a preparação para um solo daqueles que deveriam fazer parte de todos os álbuns thrash: “Split apart/Split apart/Split apart/Split/Spit it out!”.


Death Magnetic é a melhor coisa que se fez desde 1991, sendo o melhor álbum dos Metallica em 17 anos, o que se repararmos bem, é qualquer coisa. Abençoados sejam eles (e Rick Rubin)!

08 setembro 2008

Divine Heresy e Revolting Breed

Os norte-americanos Divine Heresy (na foto), banda formada pelo guitarrista dos Fear Factory, tal como os gregos Revolting Breed acederam em fazer uma entrevista para o Melomanologia. Como tal, vou deixar que deixem aqui as vossas perguntas e eu assegurarei que elas chegarão às bandas, juntamente com as minhas. Portanto, deixem nos comentários, até sexta-feira, qualquer coisa que queiram ver respondida por qualquer uma das bandas. Deixem o vosso nome.

PS: Quem vai responder às perguntas dos Divine Heresy será o próprio Dino Cazares.

05 setembro 2008

Resposta Simples

Com o recém-lançado álbum de lançamento, Sonho Peregrino, ainda quente, o vocalista e guitarrista dos Resposta Simples, Paulo Lemos (também conhecido como Paulinho dos Açores), fala acerca do álbum, fala sobre esta banda hardcore, do seu futuro, entre outros. Ainda há bandas com espírito.


LAF - És o vocalista e guitarrista dos Resposta Simples e és o guitarrista dos Greg The Killer. Como é que consegues conciliar as duas bandas?

PL - Consigo conciliar sem grande dificuldade. Como a cena alternativa é um meio mais restrito e pequeno, é normal neste movimento as pessoas partilharem duas, três ou mesmo quatro bandas. Os Resposta Simples são uma projecto com mais de meia década de formação e embora estejamos separados (eu estou a estudar em Coimbra e o Tiago e o Gouveia em Vila Real), conseguimos sempre conciliar ao longo destes tempos a nossa actividade profissional e vida social de modo a podermos actuar o máximo número de vezes. Com os Greg The Killer, acabei por usufruir de experiência diferente, pois há já alguns anos que não tinha uma banda cujos membros morassem todos na mesma cidade, neste caso em Coimbra. Temos assim mais possibilidades para ensaiar, dar concertos e gravações já que a nossa mobilidade é mais acessível que a dos Resposta Simples. São diferentes bandas com diferentes espíritos, mas ambas com uma muito boa atitude e sentimento.


LAF - Porquê o título Sonho Peregrino?

PL - O título do álbum foi dado por um amigo meu, Luís Nobre, que é responsável pelas letras dessa canção e do tema "Ofício de Viver". Sentimos que a sua escrita adequava-se à música da nossa banda e daí achamos que seria uma boa aposta conjugarmos os seus poemas com as nossas canções. Resultou muito bem no "Ofício de Viver" e quando lemos o "Sonho Peregrino", achamos que o significado do poema incorporava-se no espírito da banda. O texto fala sobre a nossa submissão à prória vida e a apatia que muitas vezes somos expostos. Estão também inerentes ao poema a confusão e a instropecção que é própria do ser humano. O "Sonho Peregrino" acaba por ter um significado muito pessoal e abstracto, ficando a conclusão ao cuidado de cada um. Recomendo que passem no nosso myspace e que retirem a vossa própria interpretação.


LAF - Foi boa a recepção pelo público a Sonho Peregrino?

PL - Felizmente temos tido uma boa recepção por parte do público e da imprensa, o que nos deixa muito felizes. A edição de um álbum é uma das grandes metas de qualquer banda e ver que o nosso trabalho está a ser apreciado já é uma enorme recompensa por si mesmo.


LAF - Quais são as influências musicais dos Resposta Simples?

PL - Temos todos diferentes influências musicais dentro da banda, mas posso dizer que o Hardcore dos anos 80 influenciou muito a sonoridade da banda. O Street-Punk e o Trashcore também são estilos que apreciamos imenso e que acabam por influenciar a nossa sonoridade.


LAF - Rock in Rio 2010? Vão estar presentes ou isso é para meninos?

PL - (risos) Já tivemos a experiência de tocar para públicos como a Queima das Fitas de Vila Real ou nas Festas Académicas da Covilhã, onde estavam presentes centenas ou mesmo milhares pessoas e podemos dizer que a sonoridade dos Resposta Simples enquadra-se melhor em pequenos espaços destinados a sonoridades mais agressivas. O feedback do público é muito maior e mais e agressivo e isso acaba também por reflectir na nossa prestação enquanto banda. Sentimo-nos muito mais vivos quando actuamos nesses espaços.


LAF - Qual é a essência deste power-trio?

PL - A amizade.


LAF - Qual é o futuro da banda, visto que, agora que o baterista regressa à Terceira, tu vais para os Estados-Unidos?

PL - Como a maioria das pessoas deste meio, não fazemos da nossa vida profissional a música. Acabou por acontecer que nesta altura estejamos separados. Mas isso já tinha ocorrido quando nos mudamos de residência dos Açores para Portugal continental. E isso não impediu que continuassemos a tocar, gravar e a ter muitas boas experiências. De certeza que iremos encontrar uma solução para os próximos tempos, como tem sempre vindo a acontecer.


LAF - Paulinho, qual era a pergunta que gostavas que eu te tivesse feito e não fiz? Queres responder-lhe?

PL - Penso que não há mais nada a dizer e que fizeste boas perguntas a abordar os Resposta Simples e a nossa perspectiva da banda. Boa sorte para o teu blogue e continua com o bom trabalho! Que corra tudo bem com o Melomanologia!

03 setembro 2008

Metallica

Encontra-se para sacar, há escassas horas, o novo álbum dos Metallica. Finalmente, Death Magnetic, vazou para a net. Pelo e-mule, por torrents ou pelo rapidshare, façam o favor de sacar.

Deixo, também, o recém-lançado vídeo da The Day That Never Comes.