07 junho 2008

Moonspell - Rock in Rio Lisboa 2008

Ainda de tarde, com um sol bem fustigante a fazer-se sentir nas t-shirts pretas dos metaleiros, os Moonspell inauguraram o dia dedicado ao Metal, nesta edição do Rock in Rio Lisboa. E de que maneira! At Tragic Heights, faixa de abertura do novo álbum da banda – Night Eternal -, foi a escolhida para abrir as hostilidades de um concerto extremamente coeso e profissional.


Seguiu-se-lhe Night Eternal e Finisterra (esta última repescada do antecessor Memorial) a darem azo aos primeiros moshes do dia. Mas, quando se pensava que a banda iria presentear o público apenas com temas recentes, surgem Opium e Nocturna, bem acolhidos por um público que, embora, em relativamente pouco número, estava sedento de peso e antigos êxitos (se assim se pode chamar).



Então, Fernando Ribeiro, sempre muito comunicador, anunciou que a convidada especial, Anneke Giersbergen, não poderia estar presente por motivos de saúde, anunciando de seguida as Crystal Mountain Singers, para com ele, cantarem o single de Night Eternal: Scorpion Flower, que, apesar de ser um tema mais soft, a descair mais para a power-ballad do que para o peso, foi fabulosamente bem interpretada e absolutamente arrepiante.


Blood Tells, música que se seguiu, permitiu mais mosh, mas, foi, na recta final, que os Moonspell tiveram a sua apoteose com Everything Invaded, Mephisto, a grande Alma Mater e Full Moon Madness, músicas que nunca cansam e, sendo das melhores investidas dos portugueses, fizeram o público entoá-las e aderir à causa, especialmente no hino Alma Mater. A surpresa foi mesmo não terem tocado Vampiria, talvez, o seu segundo hino, havendo, mesmo, quem diga, que é esse o hino, e não, Alma Mater.



Fernando Ribeiro é incansável, portador de uma voz que vem evoluindo ao longo dos anos, e, até teve tempo para cobiçar um casaco com um pentagrama vermelho que alguém usava: “Gosto do teu casaco. Dás-mo? Então, no final, falamos” – foram estas as palavras de Ribeiro, que ao que parece, chegou mesmo a receber o presente.



Eu classificaria este concerto como um banho de profissionalismo, porque, apesar de curto (cerca de uma hora), os músicos dedicaram toda a sua garra e toda a sua paixão aos fãs portugueses. Sem dúvida, a melhor banda portuguesa, cujas constantes digressões, um pouco por todo o Mundo, os ajudaram a ser uma banda mais madura e técnica, que se traduziu num grande concerto e, em músicas, que, ao vivo, não se distanciam assim tanto das de estúdio.



Fotos: Espanta Espíritos (Blitz)

Nos próximos dias, publicarei as críticas ao resto dos concertos deste festival: Apocalyptica, Machine Head e Metallica.

4 comentários:

Anônimo disse...

digamos que foi um concerto ineskessivel... talvex tb pelo facto de ser o primeiro a que assisti. acho que este texto descreve perfeitament o que se passou... foi um concerto fenomenal...

Luís Almeida Ferreira disse...

E ainda faltam vir os outros: Apocalyptica, Machine Head e Metallica!

Querias água? Também eu. É cantoria desde as 7h da tarde, depois dá nisso... Abraço!

Lobo Negro Metaleiro disse...

mt boa a crítica. gostei. adoro moonspell!! xD
e graças a isso, o teu blog ganhou um lugar por entre as minhas bookmarks ^^

Luís Almeida Ferreira disse...

Obrigado Wolfheart! O Wolfheart continua ser o meu álbum favorito da banda e, com certeza, que sempre o será.

Fico contente em saber que meteste o Melomanologia nos teus favoritos. Em breve deixarei a crítica ao Night Eternal.

Cumprimentos!