25 agosto 2008

Slipknot

All Hope Is Gone

Data de Lançamento: 20/08/2008 (dia 26, em Portugal)
Label: Roadrunner/Nuclear Blast
Alinhamento:
01.
Execute
02. Gematria (The Killing Name)

03. Sulfur
04. Psychosocial
05. Dead Memories
06. Vendetta
07. Butcher's Hook
08. Gehenna
09. The Cold Black
10. Wherein Lies Continue
11. Snuff
12. All Hope is Gone
13. Child of Burning Time (Bonus)
14. Til We Die (Bonus)
15. Vermillion Pt. 2 (Bloodstone Mix) (Bonus)


Ao quarto álbum, a banda de Iowa pega na aproximação mais thrash do antecessor Subliminal Verses, levando-a a um novo patamar, e tenta aqui fazer o seu álbum mais pesado. Isto era tudo muito bonito e interessante se não fosse o excesso de vocalizações melódicas.


Quando os Slipknot lançaram duas obras-primas de seu nome All Hope Is Gone e Psychosocial(a primeira bem melhor que esta última), deixaram água na boca. Talvez por isso é que o resultado final não satisfaz completamente e é um tanto desilusório. Mas não há que interpretar isto mal, apenas é inconcebível alcançar a insanidade de uma Scissors ou um peso tremendo de uma (SIC). E não chega a haver nenhuma vocalização melódica que alcance – nem de perto nem de longe - a genialidade de Purity; então de Wait And Bleed, nem pensar.


Há grandes momentos em All Hope Is Gone, de facto: há o (muito bom) peso de Gematria (The Killing Name) - com uma forte mensagem política de anti-americanismo –, This Cold Black e All Hope Is Gone; há o fabuloso breakdown de Psychosocial, uma Megadeth sound-alike; há as catchy Sulfur e Wherein Lies Continue, e, por fim, há bons solos.


As letras, segundo Corey Taylor, passaram a ser menos sobre a sua vida e mais sobre “what's wrong in life." Nota-se grande anti-americanismo, nomeadamente em Gematria (The Killing Name):


“America is a killing name
Ii doesn’t fell or discriminate
Life is just a killing field…” e em All Hope is Gone:


“The state of the nation - violation!
A broken promise is as good as a lie.
The hell is humongous, the devil's among us
and we will burn because we won't unite!”


O que continua a ser a bóia de salvação da banda é a percussão, liderada pelo fabuloso Joey Jordison. A percussão sólida e arrebatadora encabeça um instrumental bem interessante, do qual há que realçar os solos de guitarra e riffs bem demarcados.


Pessoalmente, os verdadeiros Slipknot acabaram em IOWA, e tudo o que se fez a seguir a isso, soa a Stone Sour. Tudo bem que Corey Taylor tem uma voz demasiado boa para só a usar aos berros, mas para isso é que existe a banda de Taylor e Root. Slipknot com clean-vocals não é Slipknot, caramba. Snuff deita Stone Sour por todos os poros – uma balada de fazer chorar as pedras da calçada.


Em All Hope Is Gone revela-se uma tentativa de fazer mais pesado do que se fez antes de Subliminal Verses – o que não se concretizou – e uma prova de maturidade da banda, tanto pela boa composição dos temas, como pelo facto de cimentarem de vez o thrash de Subliminal Verses.


Letras: 6/10

Técnica: 6/10

Criatividade: 7/10

Vigor:7/10

Avaliação geral: 6.5/10

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