30 julho 2008

Festival Marés Vivas - 3º Dia (19/07/08)

No terceiro e último dia do Marés Vivas tocaram Macy Gray, Riders On The Storm e James. Macy Gray, não sendo uma cantora por mim conhecida, tenho que reconhecer que tem uma grande voz. Deu um concerto interessante e viu-se que o público estava a gostar. Com uma sonoridade a puxar para o funk, para o R&B e para a soul, Macy Gray revisitou temas alheios, como Da Ya Think I’m Sexy (Rod Stewart), Creep (Radiohead) e No Woman No Cry (Bob Marley). Pode-se dizer que foi um bom aquecimento para o que veio a seguir.



“From Los Angeles, Califórnia… Riders On The Storm!” – Ray Manzarek e Robby Krieger mantêm a chama dos Doors acesa e compareceram na Praia do Cabedelo, acompanhados por mais três músicos, sendo o vocalista, o ex-Fuel, Brett Scallions, para dar um espectáculo que, por si só, fez valer todo o festival.



Fazendo desfilar êxitos como Love Me Two Times, Break On Through (To The Other Side) (com direito a uma bela introdução), Light My Fire, Spanish Caravan, Five To One, Touch Me ou When The Music’s Over, o concerto só pecou pela curta duração (motivos financeiros, claro está).


Ray Manzarek tomou as rédeas do público, com constantes referências a Jim Morrison (incluindo a cover de Sex Machine, de James Brown), aos tempos dos 60’s do “Peace and Love”: “Let’s smoke some weed and get high” - gritava Manzarek -, assim como críticas à Presidência Bush.


Os dois músicos encontram-se em excelente forma, pois desde início ao fim do concerto, deram provas da sua juventude eterna: tivemos um Robby Krieger com fabulosas improvisações – tanto no inicio como no final dos temas – e um Manzarek sempre muito animado e entusiasmado (até tocou com os pés). Já há poucos como este dois Senhores! Só o facto de termos à nossa frente duas lendas vivas da música rock é “meio-golo”.


Apesar das numerosas críticas a Brett Scallions, a verdade é que, apesar de doente, o vocalista safou-se muito bem, não caindo na imitação de Morrison, o que é de elogiar, tendo em conta a impossibilidade de substituir o carismático frontman dos Doors.


Ou a fasquia da dita crítica especializada estava muito alta (pensariam eles que Morrison ia aparecer?) ou este jornalistas não estiveram por entre o público para perceber o outro nível que se atingiu durante o concerto, pois coisas como esta, esta e esta não fazem sentido nenhum.




A fechar a noite estiveram os britânicos James, que já haviam estado na Queima das Fitas, em Coimbra. A apresentar o seu mais recente álbum – Hey Ma -, a banda de Tim Booth deu um grande espectáculo, alternando os novos temas com os clássicos.


O público rendeu-se a uma banda em grande forma e cheia de humor – o qual incluiu o vestido vermelho do trompetista e as inúmeras piadas cínicas de Tim Booth. Abriram com Born Of Frustration e fecharam em grande plano com Laid que, para grande regozijo de quem esteve na primeira fila, teve o direito de subir ao palco para a cantar (incluindo o Jim Morrison de cartão que alguém levou).


Um concerto memorável, que acabou madrugada dentro. Tim Booth sabe como entreter multidões.


Fotos: Cristina Pinto Pinto (Blitz) e António Pereira

2 comentários:

Anônimo disse...

Doors: Os maiores!

Anônimo disse...

Não tive a oportunidade de ir,pois estava a trabalhar, mas não tenho dúvidas que os Riders on the Storm tenham dado um grande espectáculo!