18 junho 2008

Metallica - Rock in Rio Lisboa 2008

O concerto da melhor banda metal do mundo (quanto a mim, o metal não era necessário) no passado dia 5 de Junho no Rock in Rio foi tudo menos consensual. Tendo sido o mais fraco de de três concertos da banda em quatro anos por terras lusas, não deixou de ser um excelente concerto. Pecou, porque os outros foram fenomenais.


Mas, para isto se ter dado, entraram determinados factores, nomeadamente o seu alinhamento. O alinhamento foi reduzido – 18 músicas, apenas -; o alinhamento já era conhecido (tirando três ou quatro variações possíveis), excluindo, desta forma, o factor surpresa e o mesmo foi pescar temas à fase menos consensual do quarteto – época Load/Re-Load. Depois, houve o factor Machine Head (leia-se a crítica a esse concerto, em baixo) que deixou o público de rastos. Por fim, tivemos um James Hetfield menos comunicativo e pessoal que o habitual.


Contudo, foi um concerto bastante profissional, com pouquíssimos erros técnicos, ao contrário do ano passado, onde estes foram uma constante.

Passava pouco da meia-noite quando surgiu Ecstasy of Gold, entoada pelo público tão sentidamente, que se deixou de ouvir a própria música. O quarteto abriu o espectáculo com a previsível Creeping Death, a que lhe seguiu Fuel (uma das variações que o reportório podia sofrer, em virtude de For Whom The Bell Tolls, tocada o ano passado, portanto, boa opção!).



É no fim deste tema que acontece o momento mais caricato do concerto, quando Hetfield começa a puxar pelo público e depara-se com a setlist e diz: “In my list it says that’s is an intro tape abou to happen, so I’ll get off the stage”. A introdução que se referia era de Wherever I May Roam, que se torna muito especial ao vivo. Seguiu-se-lhe Harvester of Sorrow e o primeiro problema técnico, pois a guitarra de Kirk Hammet estava desligada mas, nada de mais.

Veio, então a parte mais parada, embora bem tocante, com Bleeding Me, King Nothing e Devil’s Dance, só intercalada com a old-school No Remorse, a qual provocou um mosh já moderado.

Pode-se dizer que essa parte mais calma serviu para descansar para a sequência que viria a seguir: a grande Welcome Home (Sanitarium), com direito a passagem directa para o hino Master of Puppets, no qual já houve mosh do bom, mas também, alguns problemas na guitarra de Hetfield. “Do you want fast?!” – gritava James ainda no rescaldo da Master, o que deixava antever Damage Inc. ou Whiplash. Foi Damage Inc., a grande malha do Master of Puppets que permitiu uma vaga de euforia gigante.


Para a recta final ficaram as obrigatórias Nothing Else Matters, Sad But True, One (com a guitarra de Hammet outra vez desligada) e Enter Sandman.

Quando entraram para o encore ainda tiveram tempo para uma pequena jam, começada por Lars. Hallowed Be Thy Name dos Iron Maiden foi o tema que o quarteto tocou durante alguns segundos. Então, vieram duas grandes malhas do álbum Garage Inc.: Last Caress (um original dos Misfits), a fantástica So What? (tema dos Anti-Nowhere League, que teve direito a ajuda extra por parte dos Machine Head) e a mítica Seek and Destroy, a finalizar duas horas de concerto.

Para a despedia fica a grande imagem do quarteto a segurar a bandeira do Portugallica, onde se podia ler “Portugallica welcomes back the four horseman” (ups, um pequeno erro), tendo este sido um momento fantástico. Lars prometeu mais uma passagem pelo nosso país, para o ano que vem, na sequência da digressão de promoção ao novo álbum, a sair em Setembro.


Para trás ficou um concerto que não agradou a muitos, mas há que compreender que num alinhamento de 18 músicas, uma banda tem que tentar agradar a todos, tocando os temas mais populares, tocando os hinos, tendo as variações ao reportório habitual que ser limitadas. Perdeu sim, por, como referi antes, não ter sido aquele estrondo que foi no ano passado no SBSR ou aquele regresso tão aguardado – depois de 5 anos sem virem ao nosso país – que foi no Rock in Rio 2004. Contudo, fantástico!

Fotos: Espanta Espíritos (Blitz)

5 comentários:

Anônimo disse...

Realmente tens razão quando dizes que foi o menos bom, estive nos três últimos e este foi sem duvida o mais fraco, mas poderoso na mesma!!

Anônimo disse...

Bem.. apesar d nao ter sido um dos melhores concertos dos Metallica, foi nao mesma um grandioso concerto...

o que se pode dizer?...é Metallica e basta!!! \m/

sem duvida um dos melhores momentos foi aquando da Wherever I May Roam... Espectaculo!

e prontos a seek & destroy foi pa arrebentar com aquilo tudo...


enfim...grande concerto!!

Metallica melhor banda do mundo!!!!

4ever.

Luís Almeida Ferreira disse...

Metallica, MESMO a melhor banda do Mundo (e arredores)!

Anônimo disse...

A estatisticas não enganam, o meu voto foi para os Metallica, claro!

Luís Almeida Ferreira disse...

Este blog é um bocado tendencioso, porque o pessoal que vem aqui, já vem à espera de artigos sobre os Metallica. E isso nota-se no inquéritos da melhor banda do Mundo, pois os Metallica estão à frente com metade dos votos no meio de mais 9 bandas.