19 março 2008

Machine Head

The Blackening

Data de Lançamento: 26/03/2007
Label: Roadrunner
Alinhamento:
1.
Clenching the Fists of Dissent
2. Beautiful Mourning
3. Aesthetics of Hate
4. Now I Lay Thee Down
5. Slanderous
6. Halo
7. Wolves
8. A Farewell to Arms


É ao sexto álbum que os Machine Head, formados pelos californianos Robb Flynn (vocalista e guitarrista) e Adam Deuce (baixista), em 1992, rompem com tudo o que fizeram até então, sendo The Blackening um GRANDE ÁLBUM de heavy-metal.


Confesso que só conhecia o Supercharger e o The Burning Red, mas foi devido à notícia da sua vinda a Portugal que decidi ouvir este registo, e não, propriamente, pela primeira razão. A verdade é que cedo me apercebi que aqui havia muito mais que as tendências nu-metal que a própria época em que a banda se formou propiciava, tendências estas transformadas num saudável groove-metal neste The Blackening.


Este é um álbum violento, avassalador, cheio de energia e raiva, onde em cada música se nota a maturidade da banda devido ao exímio sentido de composição musical, o que tornou as músicas bem grandes – note-se que, das 8 músicas que compõem o álbum, metade delas tem mais de 9 minutos.

Por todo o álbum somos confrontados com sucessões de riffs que teimam em não terminar, ao melhor jeito thrash-metal, conjugados com uma progressividade que, embora disfarçada, demonstra a vantagem que uns belos dedilhados podem oferecer ao conjunto geral (particularmente em Clenching the Fists of Dissent, A Farwell to Arms e Aesthetics of Hate). Um pormenor interessantíssimo que mostra a complexidade deste registo, bem como a evolução de Flynn por ter participado na obra-prima The All-Star Sessions, onde co-produziu 4 temas, é o facto de apenas a introdução de Clenching the Fists of Dissent ser formada por 90 pistas!


As letras, em The Blackening, abordam temas como a Guerra no Iraque e, em Aesthetics of Hate presta-se um tributo a Dimebag Darrel, sendo a música uma resposta às declarações de William Grim, nas quais elogia a morte do guitarrista. De notar que esta música valeu aos Machine Head uma nomeação para os Grammys (Best Metal Performance).


Por tudo isto e o muito mais que se percebe a ouvir realmente, o digo: The Blackening é o A Night at the Opera do chamado metal moderno.


Letras: 8/10
Técnica: 9/10
Criatividade: 8/10
Vigor: 9/10
Avaliação geral: 8.5/10

3 comentários:

Anônimo disse...

Segundo eles é o seu Master Of Puppets. tá brutal!

Anônimo disse...

Nunca esperei uma qualidade musical tão fantástica por parte da banda. Vou ao RiR para os ver a eles, não tanto aos Metallica. Embora nunca tenha gostado muito de Metallica, acho que com The Blackening faz todo o sentido ir ao RiR.

Luís Almeida Ferreira disse...

É, de facto, uma mais-valia. Pelo que tenho ouvido falar Machine Head fez as pessoas decidir se valia a pena dar 53 euros para ver uma banda que cá esteve no ano passado. Quanto a mim, não me importava que cá viessem todos os anos.