08 dezembro 2008
Metallica
07 dezembro 2008
29 novembro 2008
Faith No More
28 novembro 2008
Motörhead
26 novembro 2008
25 novembro 2008
Machine Head
17 novembro 2008
14 novembro 2008
Sepultura
09 novembro 2008
Painted Black
Daniel Lucas - É complicado explicar o porquê dessa escolha sem mistificar um bocado. Para uma explicação simples, considero “Verbo” uma palavra forte que consegue transmitir percepções diversificadas a quem a ler. Para um falante português é uma palavra que pode levar a variadas interpretações, mas o mesmo poderá acontecer a alguém que não fale a nossa língua pois o equivalente, por exemplo em inglês ou francês não é muito diferente. Acredito que as palavras numa banda têm de ser tão fortes como a sua música, por isso o título foi ponderado dessa forma, para estar em uníssono com tudo o resto que existe além do título. Mas é livre a outras interpretações.
LAF - Seria Black Metal Melódico ou Ambiental um bom termo para definir os Painted Black?
DL - Sem te querer ofender, não tocamos Black Metal. Não nos inserimos nessa categoria de Metal sonora ou liricamente. Se ouvires bandas que tocam Black Metal (como por exemplo Satyricon, que estou a ouvir agora enquanto respondo à entrevista) vais verificar que não são grande comparação a se fazer à nossa musicalidade.
LAF - Além das bandas que influenciaram o som dos Painted Black, quais são as outras bandas que vocês ouvem, mas que não estão directamente ligadas ao vosso som?
DL - Seria uma lista enorme. Para mim é mais fácil dizer o que não gosto. Não gosto de dance music. Não tenho nada contra quem gosta ou quem faz dance music. Simplesmente não gosto logo, não ouço. Conheces o canal de televisão francês MCM? Pois grande parte da música que passa nesse canal é o género de música que não gosto.
LAF - Qual a banda que vocês sonham algum dia poder partilhar um palco, por muito improvável ou impensável que seja?
DL - Também seria uma lista interminável. Mas como só pedes uma digo-te qual é a que está no topo da minha lista: My Dying Bride, porque são a banda que mais gosto (não a única, mas a preferida). E também porque gostava de gozar com o Aaron e apresentar os Painted Black tal como ele apresentou os My Dying Bride em Eindhoven no ano de 1995.
LAF - Luís, em que momentos e locais é que crias dedilhados e solos tão melódicos, ambientais e sentimentais? Onde arranjas inspiração?
Luís Fazendeiro - Bem, primeiro de tudo agradeço as palavras! A inspiração é algo que não consigo controlar mas as minhas ideias, por regra, surgem em casa. É um processo bastante solitário porque preciso de me isolar de maneira a retirar o máximo partido desse momento em que sinto predisposição para compor. Algumas vezes até consigo pressentir a inspiração antes sequer de pegar na guitarra, é muito fruto do momento e do meu estado de espírito na altura. O que é certo é que sempre tive a necessidade de me expressar e quando a música entrou na minha vida do ponto de vista de executante e não de mero ouvinte, ajudou e muito a saciar essa necessidade. É algo inato em mim, mas como podes perceber, é algo que dificilmente consigo definir plenamente por palavras. Tudo o que faço é extremamente pessoal e honesto e o único esforço consciente que faço é já numa segunda fase em que começo a estruturar o que criei e a adicionar outras camadas que ajudem a definir melhor o que pretendo transmitir musicalmente. Relativamente a solos e sem me alongar muito mais, é preciso também dar crédito ao Miguel, o nosso outro guitarrista, que na minha opinião fez o melhor solo do “Verbo”, no interlúdio acústico do tema “The Sin Path”.
LAF - Achas que o vosso som consegue mexer com os sentimentos das pessoas? Acima de tudo, vocês consideram-se uma banda sentimental, apesar do muito bom peso que se ouve por vezes?
LF - Bem, a única certeza que te posso dar é que mexe com os nossos sentimentos! Há sem dúvida um lado bastante emocional na nossa música e deve-se muito à forma como é criada. Se conseguimos ou não ter essa empatia com as pessoas que nos ouve, é algo que não podemos responder. Se existir é extremamente gratificante, mas em última análise, não nos vejo como uma “banda sentimental” mas como uma banda que sente genuinamente o que faz e que o tenta transmitir honestamente. Seja com peso, melodia ou melancolia, o importante é conseguirmos canalizar os momentos maus da vida para criar algo que no fim nos faça sentir bem. Se não estivermos sós nesse caminho, melhor ainda!
LAF - Qual é a tua opinião sobre a cena underground portuguesa? Conta-nos as tuas experiências sobre um meio em que já andas desde 2001: as dificuldades pelas quais vocês passaram, as coisas boas – e más, de certo - de pertencer a este circuito, etc.
LF - Bem, é verdade que começámos actividade em 2001, mas o contacto mais directo que tivemos com o meio apenas foi em 2005, com a edição da nossa primeira demo, “The Neverlight”. Até então as dificuldades que encontrámos foram as que todas as bandas que começam encontram normalmente: dificuldade em arranjar local de ensaio, comprar material, saída e entrada de elementos e fortalecer a nossa vontade de continuar com a banda. As coisas verdadeiramente más estarão sempre relacionadas com a saída de elementos da banda, porque são sempre situações muito delicadas e geralmente com pessoas amigas. Tudo o resto é uma questão de perseverança e de não nos deixarmos abater. O lado bom será sempre o orgulho que sentimos quando nos propomos a algo e o concretizamos, como a gravação das 2 demos. Sentir que nos esforçamos e os nossos objectivos se cumprem, isto sempre com os pés bem assentes na terra! Obviamente que todas as pessoas que recebem e abraçam a nossa música e todos os amigos que fazemos por estarmos neste meio são um presente enorme e que por vezes nos ajuda a crescer como pessoas e nos enriquece a alma.
LAF - Em que ponto se encontra o vosso álbum de estreia que está para vir? Como está a correr todo o processo?
LF - O nosso álbum de estreia está actualmente a meio! Temos 4 temas registados, dos 8 que o irão integrar. Vamos começar a enviar promo packs para editoras e ver se temos a sorte de aparecer alguém interessado em editar. Entretanto temos já estúdio marcado para acabar as gravações no próximo ano nos UltraSound Studios, em Braga, por isso o nosso objectivo é mesmo terminar o álbum independentemente se conseguirmos arranjar editora até lá ou não.
LAF - Vêem-se a atravessar as fronteiras nacionais nos próximos anos?
LF - É um assunto que já conversámos entre nós, mas até terminarmos as gravações do álbum é algo que simplesmente não vemos a acontecer. Depois disso, iremos com certeza estudar essa possibilidade.
LAF - Há alguma coisa que queiram acrescentar?
LF - Muito obrigado pela entrevista! Votos de sucesso para o Melomanologia, saudações para todos os que estiverem a ler e quem quiser ouvir alguns dos nossos temas ou informar-se mais sobre os Painted Black visitem o nosso site oficial em www.paintedblack.no.sapo.pt e o nosso myspace em www.myspace.com/blacktapestry.
04 novembro 2008
31 outubro 2008
29 outubro 2008
Painted Black
20 outubro 2008
Judas Priest, Megadeth e Testament
17 outubro 2008
Metallica
12 outubro 2008
06 outubro 2008
01 outubro 2008
30 setembro 2008
26 setembro 2008
22 setembro 2008
Revolting Breed
LAF - How's the Metal scene in Greece?
Alexander - There is a big number of underground bands [appearing in] the last years and several of them worth people's attention. But their existence is based mainly in local-town gigs and some demo releases. So it's very difficult for them to reach non-Greek ears. We also suffer from many quality issues: bad studios, bad producers, bad live sound and above all a wrong (actually non existent) perspective about the do it on you own logic. The whole situation is considered non profitable from the labels so their only "way out" has become the web.
Paulo Lemos - Do you have social or political ideals? What are they?
A - Of course we have. We think that each one of us on this planet has a consciousness that uses for everything he feels and does in his life. Breathing is a choice, loving is a choice, hating is a choice, closing your eyes or fighting against is another choice... There is no excuse. All your actions have a political, ethical and social dimension.
LAF - What are the bands that influence Revolting Breed?
A - Each one of us listens to a bunch of different stuff but Revolting Breed is the outcome of bands like At The Gates, The Haunted and the whole Swedish sound [Death Metal Melódico, principalmente], Lamb of God, Machine Head and also some death, punk or hardcore stuff...
LAF - Are you guys giving regular shows in Greece? Have you manage to play outside Greece?
A - The last four years that we’re together we’ve played in several cities in Greece. But we haven't done anything outside our country. Without a label, promoter, manager or whatever... is very difficult to arrange something like that. It can only happen with small bands in small places and when you have a small pocket is even more difficult with the transportation and accommodation issues. It needs a lot of time, effort, e-mails and probably money to do this.
But we definitely want to try to schedule it sometime in the near future!
LAF - Why did you liberate your album for free on the internet?
A - From the very beginning we never thought Revolting Breed to be a source of money or profit for us. We even considered to distribute our album for free. We finally decided to ask for a small 5 euro help [risos] for the production costs and for ensuring better circumstances for our future work! We use the money for better studio, live and recording equipment. As for the internet we give our music to the people for free and we just expect them to appreciate it!Who ever wants to support us can easily order our CD directly from us. Unfortunately we don't have any distribution deals with independent labels for now except one or two I think...
LAF - Lots of people consider Rise Against as one of the finest debut albums ever. Were you aware of that when you released it?
A - No, and we still believe the same thing... [risos]. We just did our best in playing, recording and producing our music. I'm sure there is a lot of bands out there who do the same and much better. And it's important to search and discover all these bands that didn't have
the "luck" of having a multinational label behind them...
LAF - Are you guys working on new material? Is there a new Revolting Breed album to be released?
A - Actually yes! We are in the middle of composing and arranging new songs. We hope that there will be a new album within the next year. We will probably do the production and mixing process completely on our own this time so it maybe take a little longer than usual. [ :) ]
LAF - Is Rise Against the first of a succession of great albums?
A - [Risos] We really can't say. We will be more than happy to know that some people think of us this way!! If we have the time and will to play together for some more years, be sure that we will do our best both in albums and live gigs to make ourselves and all those listening to Revolting Breed having a great time!!
LAF - Do you want to add something else?
A - We just want to thank you for the obvious support that you're showing us!! Just do the same for all these bands out there doing things on their own not because they can't otherwise but because they choose not to. We hope to see you some time in a live gig! Thanks again! Rise And Revolt!
20 setembro 2008
Scars On Broadway
12 setembro 2008
Metallica
Data de Lançamento: 12/09/2008
Label: Warner Bros, Vertigo, Mercury, Universal
Alinhamento:
1. That Was Just Your Life
2. The End Of The Line
3. Broken, Beat & Scarred
4. The Day That Never Comes
5. All Nightmare Long
6. Cyanide
7. The Unforgive III
8. The Judas Kiss
9. Suicide & Redemption
10. My Apocalypse
O nono álbum de estúdio da banda de São Francisco veio envolto numa ond… num tsunami de hype, muito por causa do site Mission: Metallica. Este hype criou grande expectativa em relação a este lançamento, mas tirou toda a sua surpresa. No momento em que o álbum vazou para a net, já se conheciam Cyanide, The Day That Never Comes e My Apocalypse, sem contar com dezenas de riffs, excertos de letras, secções de bateria, etc… tudo cortesia do tal site. Se tivermos em conta que houve quem esperou até à data de lançamento oficial para o ouvir, estas pessoas já conheciam oficialmente 6 temas, juntando-se aos três anteriores All Nightmare Long, The Judas Kiss e Broken, Beat & Scarred.
Os Metallica, graças a St. Anger decidiram de vez recuperar a sua sonoridade old-school, fazendo um trabalho mais rápido, mais sujo, com solos com fartura. Rick Rubin é famoso por recuperar a essência das bandas que produz, talvez por isso, Bob Rock fora substituído por ele.
Antes de avançar para as músicas em si, gostava de dizer que, apesar de gostar muito do conceito que está na origem do nome do álbum e consequentes músicas, não estou propriamente contente com o título e a capa. Mas o que interessa aqui é a música, certo? O St. Anger tem uma capa bestial, um nome ainda melhor, mas é dos momentos mais fracos da banda (apesar de ser grande álbum).
Quando ouvi o álbum pela primeira vez, apesar de já familiarizado com muitas coisas, fiquei espantado. E tive razões para isso: o single The Day That Never Comes já rodava abundantemente e tinha sido anunciado por Lars que era um dos momentos mais fortes do disco, juntamente com The Unforgiven III, logo, fiquei de pé atrás. Segundo: Cyanide já tinha sido apresentada e não era propriamente aquilo que eu estava à espera de ouvir. Só My Apocalypse mantinha a excitação viva. Então, quando me meti a ouvir o álbum de inicio ao fim, fiquei rendido, porque os melhores momentos do álbum não estão em The Day That Never Comes ou Cyanide, mas sim na My Apocalypse, Broken Beat & Scarred, All Nightmare Long e The Judas Kiss.
Death Magnetic recupera a progressividade do …And Justice For All, mas, acima de tudo, recupera a agressividade dos quatro primeiros trabalhos, adicionando-lhe alguns toques de modernidade. Death Magnetic parece um álbum gravado ao vivo, capta toda a energia do quarteto, e isso é o que se pretende num álbum. Aqui há, desde Kill’em All ao Black Album, passando pelos Load e Re-Load, e até, St. Anger. Há riffs brutais. Há solos rápidos, loucos, melódicos. Há garra. Há grandes composições que fogem, completamente ao verso-refrão – solo - verso, em virtude de introdução arrastada-verso-refrão-verso-jam-solo-refrão. Há boas letras. Há, no fundo, mais um clássico.
A abertura do álbum é absolutamente explosiva, com That Was Just Your Life, The End Of The Line e Broken, Beat & Scarred, seguindo-se a progressiva e One sound-alike The Day That Never Comes, o primeiro single.
A abertura do álbum dá-se com um pulsar de coração. That Was Just Your Life é uma abertura perfeita para ilustrar o que vem a seguir no álbum.
The End Of The Line tem aquele toque funk do baixo de Trujillo, rebuscando o riff da New Song (temporariamente nomeada como Death Is Not The End); tem das melhores bridges dos Metallica, fazendo lembrar qualquer coisa de Load e Re-Load. E aquela entrada para os wha’s do solo do Kirk…!
Broken Beat and Scarred é, sem sombra de dúvidas, uma das melhores músicas deste Death Magnetic: grandes riffs, grande solo, grandes vocalizações de Hetfield e grande letra. Todo o seu Groove leva às notáveis semelhanças a Rage Against The Machine. “We Die Hard!”.
The Day That Never Comes está dividida em duas partes distintas. A parte melódica e a parte agressiva. Os dedilhados iniciais, bem à boa maneira de James Hetfield, prevê-se que venham a ser imitados ao nível de uma Unforgiven ou Fade To Black. A segunda parte, sempre progressiva, tem o cume nos rápidos solos de Kirk, que, a dado momento, se transformam em twin-solos fantásticos, levando a um final brutal.
All Nightmare Long é o segundo grande momento deste álbum. Uma introdução da cortesia do senhor Robert Trujillo precede a uma sequência de riffs avassaladores, a um refrão catchy (digno das épocas Black Album) e a uns loucos 3 minutos finais. O recuperar de fôlego que se ouve aos 6.54m é daquelas coisas que faz valer uma música.
Cyanide, quanto a mim, foi um tiro ao lado. Não é uma música má, mas não consegue competir com nenhuma das mais pesadas de Death Magnetic. Devem ter guardado na gaveta músicas bem melhores que esta. Veremos nas músicas não editadas. O facto de a música não apresentar um fio condutor, deixa, felizmente, apreciá-la parte por parte.
A Unforgiven III, que tanta gente pôs a salivar, não chega a ser um fracasso total, devido à bela introdução ao piano, à fabulosa letra e à genialidade de Hammet. Pelo facto de não se assemelhar à primeira música, das duas uma: ou tinham-lhe dado outro nome ou não a incluíam num álbum feito de peso.
Após esta não muita bem conseguida reciclagem de um fenómeno lançado em 1991, chega-nos a música que vem completar o pódio: The Judas Kiss é o seu nome. Cheia de quebras de tempo, riffs fabulosos, um grande, grande solo, o que a marca mais é o refrão. A minha favorita.
Suicide & Redemption é um bom instrumental, mas, além de lhe faltar algum sentimento, deixa algo a desejar, pois existem coisas chamadas The Kall Of Ktulu, Orion e To Live Is To Die. Apresenta, contudo, um momento sublime: dos 3.21m aos 5.24m.
O final do álbum chega com My Apocalypse que parece vinda do longínquo 1983. Não destoaria no Kill’ Em All, tem toda a rapidez e veia thrash deste álbum de estreia. My Apocalypse é loucamente rápida, voraz, e possuidora de um momento vertiginoso, que é a preparação para um solo daqueles que deveriam fazer parte de todos os álbuns thrash: “Split apart/Split apart/Split apart/Split/Spit it out!”.
Death Magnetic é a melhor coisa que se fez desde 1991, sendo o melhor álbum dos Metallica em 17 anos, o que se repararmos bem, é qualquer coisa. Abençoados sejam eles (e Rick Rubin)!
08 setembro 2008
Divine Heresy e Revolting Breed
PS: Quem vai responder às perguntas dos Divine Heresy será o próprio Dino Cazares.
05 setembro 2008
Resposta Simples
PL - Consigo conciliar sem grande dificuldade. Como a cena alternativa é um meio mais restrito e pequeno, é normal neste movimento as pessoas partilharem duas, três ou mesmo quatro bandas. Os Resposta Simples são uma projecto com mais de meia década de formação e embora estejamos separados (eu estou a estudar em Coimbra e o Tiago e o Gouveia em Vila Real), conseguimos sempre conciliar ao longo destes tempos a nossa actividade profissional e vida social de modo a podermos actuar o máximo número de vezes. Com os Greg The Killer, acabei por usufruir de experiência diferente, pois há já alguns anos que não tinha uma banda cujos membros morassem todos na mesma cidade, neste caso em Coimbra. Temos assim mais possibilidades para ensaiar, dar concertos e gravações já que a nossa mobilidade é mais acessível que a dos Resposta Simples. São diferentes bandas com diferentes espíritos, mas ambas com uma muito boa atitude e sentimento.
LAF - Porquê o título Sonho Peregrino?
PL - O título do álbum foi dado por um amigo meu, Luís Nobre, que é responsável pelas letras dessa canção e do tema "Ofício de Viver". Sentimos que a sua escrita adequava-se à música da nossa banda e daí achamos que seria uma boa aposta conjugarmos os seus poemas com as nossas canções. Resultou muito bem no "Ofício de Viver" e quando lemos o "Sonho Peregrino", achamos que o significado do poema incorporava-se no espírito da banda. O texto fala sobre a nossa submissão à prória vida e a apatia que muitas vezes somos expostos. Estão também inerentes ao poema a confusão e a instropecção que é própria do ser humano. O "Sonho Peregrino" acaba por ter um significado muito pessoal e abstracto, ficando a conclusão ao cuidado de cada um. Recomendo que passem no nosso myspace e que retirem a vossa própria interpretação.
LAF - Foi boa a recepção pelo público a Sonho Peregrino?
PL - Felizmente temos tido uma boa recepção por parte do público e da imprensa, o que nos deixa muito felizes. A edição de um álbum é uma das grandes metas de qualquer banda e ver que o nosso trabalho está a ser apreciado já é uma enorme recompensa por si mesmo.
LAF - Quais são as influências musicais dos Resposta Simples?
PL - Temos todos diferentes influências musicais dentro da banda, mas posso dizer que o Hardcore dos anos 80 influenciou muito a sonoridade da banda. O Street-Punk e o Trashcore também são estilos que apreciamos imenso e que acabam por influenciar a nossa sonoridade.
LAF - Rock in Rio 2010? Vão estar presentes ou isso é para meninos?
PL - (risos) Já tivemos a experiência de tocar para públicos como a Queima das Fitas de Vila Real ou nas Festas Académicas da Covilhã, onde estavam presentes centenas ou mesmo milhares pessoas e podemos dizer que a sonoridade dos Resposta Simples enquadra-se melhor em pequenos espaços destinados a sonoridades mais agressivas. O feedback do público é muito maior e mais e agressivo e isso acaba também por reflectir na nossa prestação enquanto banda. Sentimo-nos muito mais vivos quando actuamos nesses espaços.
LAF - Qual é a essência deste power-trio?
PL - A amizade.
LAF - Qual é o futuro da banda, visto que, agora que o baterista regressa à Terceira, tu vais para os Estados-Unidos?
LAF - Paulinho, qual era a pergunta que gostavas que eu te tivesse feito e não fiz? Queres responder-lhe?
PL - Penso que não há mais nada a dizer e que fizeste boas perguntas a abordar os Resposta Simples e a nossa perspectiva da banda. Boa sorte para o teu blogue e continua com o bom trabalho! Que corra tudo bem com o Melomanologia!