26 agosto 2008

Metallica

Está aí nova música de Death Magnetic - My Apocalypse. Façam aqui o download. Até 12 de Setembro (data de lançamento do álbum), todas as segundas-feiras, a banda irá disponibilizar uma música nova. Regresso aos Metallica old-school!

25 agosto 2008

Slipknot

All Hope Is Gone

Data de Lançamento: 20/08/2008 (dia 26, em Portugal)
Label: Roadrunner/Nuclear Blast
Alinhamento:
01.
Execute
02. Gematria (The Killing Name)

03. Sulfur
04. Psychosocial
05. Dead Memories
06. Vendetta
07. Butcher's Hook
08. Gehenna
09. The Cold Black
10. Wherein Lies Continue
11. Snuff
12. All Hope is Gone
13. Child of Burning Time (Bonus)
14. Til We Die (Bonus)
15. Vermillion Pt. 2 (Bloodstone Mix) (Bonus)


Ao quarto álbum, a banda de Iowa pega na aproximação mais thrash do antecessor Subliminal Verses, levando-a a um novo patamar, e tenta aqui fazer o seu álbum mais pesado. Isto era tudo muito bonito e interessante se não fosse o excesso de vocalizações melódicas.


Quando os Slipknot lançaram duas obras-primas de seu nome All Hope Is Gone e Psychosocial(a primeira bem melhor que esta última), deixaram água na boca. Talvez por isso é que o resultado final não satisfaz completamente e é um tanto desilusório. Mas não há que interpretar isto mal, apenas é inconcebível alcançar a insanidade de uma Scissors ou um peso tremendo de uma (SIC). E não chega a haver nenhuma vocalização melódica que alcance – nem de perto nem de longe - a genialidade de Purity; então de Wait And Bleed, nem pensar.


Há grandes momentos em All Hope Is Gone, de facto: há o (muito bom) peso de Gematria (The Killing Name) - com uma forte mensagem política de anti-americanismo –, This Cold Black e All Hope Is Gone; há o fabuloso breakdown de Psychosocial, uma Megadeth sound-alike; há as catchy Sulfur e Wherein Lies Continue, e, por fim, há bons solos.


As letras, segundo Corey Taylor, passaram a ser menos sobre a sua vida e mais sobre “what's wrong in life." Nota-se grande anti-americanismo, nomeadamente em Gematria (The Killing Name):


“America is a killing name
Ii doesn’t fell or discriminate
Life is just a killing field…” e em All Hope is Gone:


“The state of the nation - violation!
A broken promise is as good as a lie.
The hell is humongous, the devil's among us
and we will burn because we won't unite!”


O que continua a ser a bóia de salvação da banda é a percussão, liderada pelo fabuloso Joey Jordison. A percussão sólida e arrebatadora encabeça um instrumental bem interessante, do qual há que realçar os solos de guitarra e riffs bem demarcados.


Pessoalmente, os verdadeiros Slipknot acabaram em IOWA, e tudo o que se fez a seguir a isso, soa a Stone Sour. Tudo bem que Corey Taylor tem uma voz demasiado boa para só a usar aos berros, mas para isso é que existe a banda de Taylor e Root. Slipknot com clean-vocals não é Slipknot, caramba. Snuff deita Stone Sour por todos os poros – uma balada de fazer chorar as pedras da calçada.


Em All Hope Is Gone revela-se uma tentativa de fazer mais pesado do que se fez antes de Subliminal Verses – o que não se concretizou – e uma prova de maturidade da banda, tanto pela boa composição dos temas, como pelo facto de cimentarem de vez o thrash de Subliminal Verses.


Letras: 6/10

Técnica: 6/10

Criatividade: 7/10

Vigor:7/10

Avaliação geral: 6.5/10

24 agosto 2008

Metallica

Anteontem (dia 22), em Leeds, os Metallica tocaram pela primeira vez, ao vivo, The Day That Never Comes, primeiro single de Death Magnetic. Confere aqui:


22 agosto 2008

Metallica

Está aí The Day That Never Comes, o primeiro single de Death Magnetic. Podem fazer o download aqui. Enjoy!

16 agosto 2008

Citação #8

“Doing things the way you see it, going by your own heart and soul, that is pure artistic integrity. Whatever the hair is six or sixty inches long, the eyes have make-up or not, the riffs are in 'E' or 'F' sharp, the amps are Marshall or not, all those things don't matter if you are doing it for the right reason, which to me means doing it for yourself!”

Lars Ulrich

10 agosto 2008

Metallica

A banda anunciou, na passada sexta-feira (dia 8), o canal de rádio por satélite "Mandatory Metallica". Este canal ficará sob os comandos dos membros e passará, além de material de estúdio, gravações ao vivo, entrevistas e discussões - estando já confirmadas para estas discussões bandas como Linkin Park, Slipknot, Disturbed, Guns & Roses ou Mastodon. Em breve, a agenda das actividades do canal será divulgada na internet, no endereço http://www.xmradio.com/metallica.

De realçar que o quarteto tocou ontem, no Ozzfest, Cyanide, futura música de Death Magnetic. Aqui fica:

08 agosto 2008

Rejects United

Boyhood Survival Kit

Data de Lançamento:
14/09/2008
Label: Lockjaw Records

Alinhamento:

1. Disclaimer (Intro)

2. Never (Rejects Anthem)

3. Dead in Head

4. Lust Ode

5. Ballad for the Hopeless

6. Learning Through Mutilation

7. Nosejob

8. Mr. Adams Love Proposal

9. Isn't Necrophilia Fun?

10. Wake up, You're Late

11. Red Semester

12. Foreplay Revolution Theory

13. Explode Again

14. Compulsive Denier


Os Rejects United acabam de editar o seu álbum de estreia - Boyhood Survival Kit (BSK dora avante) –, sucedendo a um aplaudido EPRebound Aftermath – lançado em 2005. E dadas as tão díspares influências do quarteto, que vão de Metallica a My Chemical Romance, passando por Queens Of The Stone Age ou Foo Fighters, até estamos na presença de um álbum bastante linear.


BSK baseia-se no punk mais old-school, ao qual lhe adiciona melodia q.b, durante 14 temas com energia a rodos. Como melhores faixas temos o primeiro singleLust Ode -, Dead in Your Head, Learning Through Mutilation e Foreplay Revolution Theory. Marcado por bons riffs e por refrões orelhudos, o registo apresenta uma parcela emocional, tanto nas letras como no melodioso instrumental.


Neste álbum canta-se a adolescência e os habituais percalços (amorosos) de caminho, baseado na própria adolescência dos membros da banda. BSK canta a rejeição, a obsessão e a luxúria. Narra a história de um rapaz que se deixou levar por uma grande paixão, não prevendo o que daí poderia advir. Como disseram, em entrevista aqui ao estaminé, BSK é um manual de instruções para um coração em construção. O resto é ouvir e descobrir.


Eles querem unir os rejeitados. Boa ideia.

06 agosto 2008

Rejects United

Após a boa recepção ao EP Rebound Aftermath, os lisboetas Rejects United lançam o seu primeiro álbum - Boyhood Survival Kit. João Campos, vocalista e guitarrista, fala sobre este lançamento - escrutinando-o minuciosamente -, e não só. Atenção: eles querem marcar o rock português! E ouvem Metallica e Pantera.

LAF - É este álbum olhar para trás, para os tempos de vocês enquanto rapazes e as experiências por que passaram? É Boyhood Survival kit um manual de instruções para sobreviver à adolescência?

JC - É um manual de sobrevivência para o coração adolescente, aquele que se deixa levar por paixões incendiárias e que pode levar, como no caso da personagem do álbum, à loucura e à perdição. Funciona como um aviso para não se levar demasiado a sério as primeiras paixões dum coração em construção. É sem dúvida um olhar para trás para vivências, sentimentos e situações pelas quais passamos. É também o fechar dum capítulo das nossas vidas que nos marcou bastante.

LAF - Como surgiu a ideia da engraçada banda-desenhada da artwork da capa e do booklet?
JC - A banda desenhada foi sempre uma influência constante na minha vida. Quando chegou altura de escolher um meio para transmitir o conceito do álbum, que melhor maneira de contar uma historia do que através de imagens? Depois de delinear a narrativa, associei cada música a uma imagem condensando-as depois nesse booklet de 8 páginas, ficando com um aspecto mais de BD. Sendo o packaging do álbum uma mochila penso que é legitimo esta conter além da "tralha" que todos nós guardávamos na mochila, o livro de BD boyhood survival kit.

LAF - A vossa sonoridade possui traços emo, embora disfarçados. É este um estilo musical que os Rejects United gostem de se passear ou surge espontaneamente no processo de composição?
JC - Quando dizes traços emo, se te estás a referir a música com uma forte carga emocional, sim somos sem dúvida uma banda com esses traços mas nada é forçado para soar assim, tentamos ser o mais sinceros possível, é o q flui de nós. Gostamos de algumas bandas que são denominadas emo, mas não nos revemos de todo em excessos que algumas dessas bandas caem.

LAF - Quem é que traz as influências punk para a banda e quem é que traz as mais pesadas, o hard-rock, e até o Metal?
JC - É um pouco difícil separar quem é que traz o que, eu sempre ouvi Rock, Hard-Rock, Grunge e Metal desde de miúdo, só há poucos anos é que comecei a interessar-me mais pelo punk e hardcore. O Spínola (guitarrista solo) começou pelo rock tipo Guns and Roses, passou pelo punk, jazz, e agora anda numa fase de rock progressivo como Mars Volta e também cenas como Radiohead. O Vítor (baixista), assim como o Rodrigo ( baterista) ,vieram do punk; oVítor passou pelo reggae anda agora mais numa onda de rock "clássico" como Doors, se bem que também gosta muito de Metal - uma das suas bandas favoritas é Metallica. O Rodrigo além do Punk (Lagwagon, Bad Religion, Soziedad Alkoholika), gosta de Metal (Pantera) e Rock ( A Perfect Circle). Portanto como vês temos todo partilhamos essas influências tanto do Punk como do Metal e como é claro Rock.

LAF - Porque optaram por cantar em Inglês?
JC - Não foi uma opção, desde de miúdos que somos mais influenciados por bandas, filmes e livros de origem Anglo-Saxónica do que propriamente por autores portugueses, com o todo o respeito que os autores portugueses merecem (um dos meus escritores favoritos é sem dúvida José Saramago). Penso que é normal que quando começamos a compor as músicas e a escrever letras estas saíssem em Inglês. Penso que existe neste momento uma espécie de "caça às bruxas" a bandas que cantam em inglês... Enganem-se aqueles que pensam que bandas a cantar em inglês têm maior facilidade em ser promovidas, pois não é verdade. Continua a existir o forte estigma contra bandas que não cantem em Português.

LAF - Como foi trabalhar com um ilustre como Alan Douches [engenheiro musical. Masterizou álbuns para os Mastodon]?
JC - Foi um processo colaborativo à distância, a interacção foi feita apenas por e-mail, ele enviava versões masterizadas das músicas, ouvíamos, respodíamos dizendo o que achávamos e chegamos a um resultado que agradou ambas as partes. Penso que não há muito mais a acrescentar.

LAF - Para quem não teve a oportunidade de estar presente, como correram, tanto o concerto de apresentação do álbum (MusicBox, Lisboa), como os Showcases Fnac (Chiado e Cascais)?
JC - O concerto de lançamento foi uma festa no lugar ideal, para amigos e fãs que nos acompanharam no longo percurso até ao lançamento deste álbum, regada com muito rock! Estamos orgulhosos do Boyhood Survival Kit finalmente ter saído para o mundo, o lançamento não poderia ter corrido melhor. Em relação aos showcases acústicos nas Fnacs, está a ser uma experiência interessante, estamos a gostar de dar espectáculos mais intimistas em contraponto a energia visceral dos eléctricos. Perde-se uma pouco da agressividade das versões originais mas ganhas uma maior profundidade nas mesmas. Temos tido uma resposta bastante positiva a esta abordagem acústica.

LAF - Como viram o facto de Boyhood Survival Kit ter sido classificado com um 8 (em 10) pela prestigiada revista RockSound?
JC - Orgulhosos como podes perceber, foi o primeiro feedback que tivemos de imprensa especializada e não podia ser melhor. Entretanto já tivemos outras boas reviews como a da Big Cheese (outra revista de música inglesa) que deram 4/5 e em alguns blogs espalhados pela net. Ao mesmo tempo não nos deixamos iludir pelas boas reviews - são apenas opiniões, claro que são importantes e dá-nos força saber que alguém reconhece qualidade no nosso trabalho, mas sabemos que ainda temos um longo caminho a percorrer até chegarmos aos objectivos a que nos propusemos.

LAF - Vêem-se como uma banda a deixar uma marca no Rock português?
JC - Esperamos deixar, não é coisa que nos passe muito pela cabeça, mas sim, esperamos vir a deixar uma marca nem que seja provar que o rock em Portugal não está morto e que uma banda portuguesa pode pensar em alcançar algo além-fronteiras, não se limitando apenas ao território nacional. Mas penso que mais importante do que marcar um certo estilo queremos marcar pessoas, inspíra-las, dar-lhes algo que elas também sintam como delas. Gostávamos que as pessoas vissem este álbum como aquele amigo ao qual não tens que dizer nada pois ele sabe exactamente como te sentes e que te diz as palavras certas para te fazer sentir melhor.

LAF - A vossa digressão além-fronteiras inclui mais algum país, além da Inglaterra?
JC - Queremos fazer as coisas com calma e por fases, não dar um passo maior que as pernas. De momento vamos concentrar-nos em Inglaterra, tentar cimentar a nossa música por lá e depois logo se vê, mas sim queremos tocar no maior número de sítios e países possíveis, quem sabe num futuro próximo uma tour europeia ou americana.

LAF - Existe algo que queiram acrescentar?
JC - Queria agradecer pela entrevista, as melhores das sortes para o blogue e para a tua divulgação de bandas portuguesas, pois desempenham um papel fundamental na vida das mesmas. De resto, para quem quiser conhecer melhor quem são e o que fazem os Rejects United passem por o www.myspace.com/rejectsunited, adicionem-nos, deixem um comentário, mandem uma mensagem, serão mais que bem vindos a família dos rejeitados.

05 agosto 2008

Scars On Broadway

Scars On Broadway

Data de Lançamento:
29/07/2008
Label: Interscope
Alinhamento:
1.
Serious
2. Funny
3. Exploding/Reloading
4. Stoner-Hate
5. Insane
6. World Long Gone
7. Kill Each Other/Live Forever
8. Babylon
9. Chemicals
10. Enemy
11. Universe
12. 3005
13. Cute Machines
14. Whoring Streets
15. They Say

A banda que Daron Malakian encetou após o anunciado hiatus dos System Of A Down (trazendo consigo John Dolmayan) – os Scars On Broadway – lançou o primeiro e homónimo álbum no passado dia 29 de Julho. O tão aguardado registo divide opiniões: por um lado, os fãs conservadores dos SOAD não toleram a voz de Malakian; por outro, há quem ande sedento de qualquer coisa que seja fruto da mente alterada do guitarrista.


Scars On Broadway é bastante previsível, pois sabia-se de antemão, que Daron iria continuar aqui o que fez em Mezmerize/Hypnotize, mas também traz algo novo: traços new-wave trazidos pelo grande uso de sintetizadores. Mas se há uma coisa certa neste álbum é que não há uma direcção certa. Tanto há rock e metal, como punk e new-wave, o que prova a pluralidade do guitarrista.


A voz de Daron não entra aqui à toa, como no Mezmerize/Hypnotize. Nota-se uma grande evolução na sua forma de cantar e Daron ganha a minha confiança, uma vez que a havia perdido pela sua intrusão no último álbum dos System, apesar de não conseguir atingir – nem de perto, nem de longe – o alcance vocal e o talento de Tankian.


SOB está dividido em duas partes: os primeiros 7 temas são rápidos e crus; a partir de Babylon entramos numa segunda parte mais bem construída. Não é por acaso que as melhores faixas estão nesta segunda parte, ou seja: Chemicals, Enemy, 3005, Whoring Streets e They Say, embora World long Gone e Kill Each Other/Live Forever sejam as mais viciantes.


Chega-se à nona música com a questão "sim, senhor, a genialidade de Malakian está presente, mas o que é feito da insanidade?" E a resposta encontra-se na bela letra do refrão de Chemicals:


“MADNESS! I'm feeling scared,
Looking around and nobody there.
When I say "Fuck the world!"
As we're ready to rock,
Piss on your face while you suck on my cock.”


As letras são um dos pontos altos do registo… corrosivas, irónicas e satíricas. Em World Long Gone e Kill Each Other/Live Forever canta-se o niilismo de Daron. Em Enemy, o famoso “We’re on drugs” que o guitarrista cantava nos concertos dos System, é tido como o interlúdio de mais uma boa música. 3005 e Cute Machines são a sátira à sociedade tecnológica e de comunicação de massas. Um pequeno aparte: Burbank, na Califórnia é tida como a capital mundial dos mídia, daí as constantes críticas à sociedade de comunicação por parte dos membros dos SOAD, residentes em Los Angeles.


Os traços de Mezmerize/Hypnotize são evidentes em Kill Each Other… , Babylon, Universe e Whoring Streets, sendo talvez estes os frutos das antigas gravações que Malakian anunciava “ter às toneladas”.


No embate Serj vs Daron não se pode escolher um vencedor, pois Serj produziu um álbum bastante profundo, enquanto Daron tomou caminhos mais alegres (se assim se pode chamar), mas, no mesmo embate, encontram-se dois perdedores, pois System Of A Down são o Serj, o Daron, o Shavo e o John.


Scars On Broadway é bom, mas esperava-se melhor. Sente-se a falta de alguma coisa. Será Tankian?


Letras: 7/10

Técnica: 7/10

Criatividade: 8/10

Vigor: 6/10

Avaliação geral: 7/10

04 agosto 2008

Vader

Raining Blood (Slayer cover)


02 agosto 2008

Metallica