29 janeiro 2008

Metallica

Live at the Bridge School Benefit

Alinhamento:
27/10/2007
01. I Just Want To Celebrate (Rare Earth Cover)
02. Please Don’t Judas Me (Nazareth Cover)
03. Only Happy When It Rains (Garbage Cover)
04. Brothers In Arms (Dire Straits Cover)
05. Disposable Heroes
06. All Within My Hands
07. Turn the Page (Bob Seger Cover)
08. Nothing Else Matters

28/10/2007

01. I Just Want To Celebrate (Rare Earth Cover)
02. Please Don’t Judas Me (Nazareth Cover)
03. Veteran Of The Psychic Wars (Blue Öyster Cult Cover)
04. Brothers In Arms (Dire Straits Cover)
05. Disposable Heroes
06. All Within My Hands
07. The Unforgiven
08. Nothing Else Matters

Este é um daqueles casos de concertos acústicos a venerar. Não só por serem os Metallica – qual Midas a transformar o que toca em ouro – mas, também, por os seus concertos acústicos serem raros (principalmente aqueles em que fazem covers). Ser uma banda a tocar/"jogar", descontraidamente, "em casa", sem qualquer espécie de interesse alheio ao facto, deu uma ajuda.


Em duas noites, neste concerto de beneficência, em Mountain View (Califórnia), o quarteto revisita clássicos como Nothing Else Matters e The Unforgiven, mas também apresenta versões surpreendentemente diferentes da Disposable Heroes (descurando puro thrash metal, em virtude de um certo pop-rock) e da All Within My Hands (St. Anger em liberdade!). Espaço há, também, para covers de Dire Straits (Brothers In Arms) ou Nazareth (Please Don´t Judas Me).


No geral, deste concerto, tiram-se três conclusões. Primeira: Robert Trujillo mostra aqui o grande baixista que é, exibindo uma bela sensibilidade rítmica. Segunda: Kirk Hammet é fenomenal em unplugged’s. Terceira: a banda está numa forma magnifica – afinada e com garra -, fruto da digressão de Verão e das sessões de gravação do sucessor de St. Anger.


Letras: -/-
Técnica: 7/10
Criatividade: 8/10
Vigor: 7/10
Avaliação Geral: 7.3/10

28 janeiro 2008

In Flames

Eis novos dados sobre o próximo álbum dos suecos:


O registo chamar-se-á A Sense Of Purpose e tem data de lançamento marcada para 4 de Abril. O alinhamento é o seguinte:


1. The Mirror’s Truth
2. Disconnected
3. Sleepless Again
4. Alias
5. I'm the Highway
6. Delight and Angers
7. Move Through Me
8. The Chosen Pessimist
9. Sober and Irrelevant
10.Condemned
11.Drenched In Fear
12.March To The Shore


Entretanto, acreca deste novo lançamento, a banda já afirmou em declarações o seguinte: "We are extremely happy with the end result and so proud of what we have achieved with the new album and can't wait for you all to hear it".

Com os sites de fãs a rebentar com criticas negativas à artwork da capa, e deixando-se prever uma maior aproximação às sonoridades metal-core de Come Clarity, o novo álbum chegará completamente envolto em pessimismo. Apesar de achar que, por vezes, a capa não faz um álbum, tudo indica que A Sense Of Purpose vai, definitivamente, deitar abaixo os tempos de The Jester Race e Whoracle.

Nota Trivial: Persiste a dúvida se o tema I'm the Highway é um original ou uma cover dos Audioslave.

26 janeiro 2008

Serj Tankian

Elect The Dead - Bónus CD

Alinhamento:
1. Blue
2. Empty Walls
3. Feed Us
4. Falling Stars







No CD bónus de Elect the Dead chegam-nos 4 novas músicas, duas delas versões acústicas de temas já editados – Empty Walls e Feed Us no primeiro registo a solo de Serj Tankian – e dois inéditos – Blue e Falling Stars.

Quando se fala em versões acústicas, normalmente, isto remete-nos para o cliché musical de reeditar uma música, justamente trocando a distorção de uma guitarra eléctrica pelo som puro de uma guitarra acústica. Serj Tankian foi mais longe, tendo composto versões francamente distintas das originais, chegando-nos, por vezes, a sensação de não reconhecer o que se ouve. Interessante, a forma como Tankian conseguiu mudar a forma de encarar a mesma música.


Quanto ás duas músicas originais, deparamo-nos com mais duas belas criações. Blue é tocada ao piano e à guitarra acústica e Falling Stars é a mais roqueira do conjunto, apresentando um pormenor que pautou muito do trabalho dos System Of A Down, e que é uma mais-valia quando encaixa perfeitamente na música – o monólogo.


Minimalismo e intimismo são os adjectivos perfeitos para caracterizar este CD bónus de Elect The Dead.

22 janeiro 2008

Fair To Midland

Os meninos-prodígio de Serj Tankian aceitaram responder a algumas questões que lhes vou colocar (o que ainda está a ser tratado). Os texanos, ligados à editora de Tankian, a Serjical Strike, são a minha aposta para futura banda de referência, tanto do rock alternativo, como do art-rock. Quem irá responder a esta entrevista será Cliff Campbell, o guitarrista do quinteto.

Para breve está, também, a minha crítica ao seu novo lançamento: Fables From a Mayfly: What I Tell You Three Times Is True.

Deixo-vos aqui com um vídeo da explosão que são estes rapazes em palco (nomeadamente o vocalista, atentem ao fim do vídeo) numa actuação com o mestre, Serj Tankian.


19 janeiro 2008

Primitive Reason

Os portugueses Primitive Reason lançaram seu novo trabalho, o EP Cast The Way, no passado dia 17 de Dezembro, o qual se encontra à venda justamente on-line. Como tal, fiz uma pequena entrevista à banda, através de e-mail. De boa vontade e descontraidamente, o vocalista e percussionista da banda, Guillermo De Llera, respondeu a seis questões acerca deste novo lançamento.


Antes de mais, gostava de prestar os meus sinceros agradecimentos, tanto à banda como a John Coito da Kaminari Records, pela tempo e vontade disponibilizados para que esta entrevista se chegasse a realizar. Os meus parabéns, também, pelo magnífico EP produzido.


LAF - Porquê o nome Cast The Way?

GL - Escolhemos o título Cast the Way, por duas razões: uma, era que 'to cast the way', em Inglês, significa algo como lançar o caminho, metafórico, para escolher o caminho a andar. A sonoridade deste EP foi algo conseguido conscientemente, através da escolha e do trabalho objectivo, e por isso o título pareceu-nos adequado; a segunda razão é que, Cast the Way é também o nome de um tema do caralho!


LAF - Em Cast The Way, apesar de nos chegar um som claramente à Primitive Reason, nota-se um ambiente mais sombrio, mais melancólico, nomeadamente em The Reckoning Beneath. Tal facto deve-se a quê? À entrada de elementos novos ou de uma ideia previamente formulada acerca do que este EP iria soar?
GL - Esse facto, que tu mencionas, de o EP Cast the Way ter um som mais melancólico ou sombrio, é algo que nós realmente não notamos. O the Reckoning Beneath, nunca nos pareceu nem sombrio nem melancólico. A única explicação que encontro será que as escolhas de estilos musicais utilizados na construção dos temas em Cast the Way, dê a entender uma temática ou estética musical mais sombria, se se considera certos estilos musicais mais sombrios que outros. Porventura, a falta de certos estilos musicais normalmente incorporados nas composições de Primitive Reason, como o Étnico Tribal mais percussivo ou Africano e Afro-Cubano, pode fazer parecer, enganosamente, que o som é agora mais sombrio. Por último, o tempo, ou pulsação da música pode também dar a entender uma direcção mais pensada, pausada e portanto melancólica.


LAF - Este EP será promovido apenas em Portugal ou já têm datas internacionais agendadas? Ou pretendem agendar? Ou vão esperar pelo lançamento do LP para fazer a Tour?
GL - O EP faz agora parte do nosso catálogo que é internacional. Estamos a finalizar contratos para tocar fora de Portugal em breve.


LAF - Sobrou algum material para compor o LP a sair no Verão da produção de Cast The Way?
GL - Sobrou material demais. A confusão depois é mesmo escolher e decidir quais dos 'sketches' trabalhar. Felizmente para nós, a criatividade é coisa que nunca falta. Aliás temos carradas de músicas que ficaram pelo caminho (atenção, estão bem guardadas! [risos]) de discos passados, que de vez em quando vamos procurar para fazer 'renascer' alguma ideia antiga que não nos larga o pensamento.


LAF - Com 15 anos de carreira, 5 álbuns editados e um som único, fundamentando-se numa enorme fusão de estilos musicais, uma grande interacção com os fãs - nomeadamente pelo passatempo da artwork da capa deste EP -, os Primitive Reason sentem-se uma banda subvalorizada, "demasiado" Underground?
GL - Acho que não no que se refere ao estar demasiado Underground, visto que estar menos Underground do que isto quase que significaria estar no meio de pessoas e negócios que não encaram a música como algo que faz, e sempre fez desde os primórdios da evolução humana, mais parte da grande Alma humana que do mundo rasca do enrasca-desenrasca / tira-arranca /copía-regurgita...(vou parar se não fico aqui a tarde toda. :) Sobre sermos uma banda subvalorizada, da perspectiva da música como arte e criatividade, claro que sim.


LAF - Numa palavra como se descreve toda a carreira dos Primitive Reason?
GL - Supercalifragilisticexpialidocious.

12 janeiro 2008

Dimebag Darrel

Juntamente com o acidente que vitimou Cliff Burton, em 1986, a trágica morte de Dimebag Darrel, em 2004, forma a parelha de perdas mais conhecidas de génios do heavy-metal.


Ao contrário de Cliff Burton (baixista dos Metallica na altura), que fora vitima do próprio autocarro em que seguia, após este se ter despistado, o ter cuspido pela janela e o ter esmagado, Dimebag, guitarrista dos Pantera e cérebro da máquina de peso que era a banda, fora vítima de um doido mental, que puxou o gatilho cerca de 7 vezes sobre ele, em pleno concerto com os, então, Damage Plan.



Natan Gale, ex-marine esquizofrénico, desconfiando que a culpa da separação dos Pantera, em 2004, era culpa de “Diamond” Darrel, e que, os Pantera podiam ler a sua mente, levando ao suposto plágio de músicas escritas por ele, saltou a vedação do complexo onde tocavam os Damage Plan – que contavam com Dimebag e o seu irmão, Vinnie Paul, da formação original dos Pantera -, entrou em palco de arma em punho e desferiu no total 15 tiros, que mataram 4 pessoas, uma das quais Dimebag Darrel. Matou também, um fã da banda que subiu ao palco para tentar reanimar Dimebag. O massacre só acabou quando o polícia James Niggemeyer disparou um tiro de caçadeira na nuca de Gale.



E foi desta forma desumana que desapareceu um dos melhores guitarristas do mundo. A técnica e rapidez que possuía, a forma apaixonante com que tocava, e os magníficos riffs que criou, tornaram Dimebag na lenda que é hoje em dia. Infelizmente, é num misto de gritos e terror que Darrell Lance Abbott é recordado, e não pela música que fazia e pela forma grandiosa que tocava guitarra.




A edição da Guitar World de Março trará Dimebag na capa, e contará com declarações exclusivas da sua ex-mulher. Uma ponta do véu é levantada no site da revista.


Deixo aqui um vídeo-tributo a Dimebag Darrel, dos tantos que existem no YouTube.



Metallica

Os Metallica foram hoje confirmados pela organização do Rock in Rio. Dia 5 de Junho teremos os norte-americanos a actuar no Parque da Bela Vista. Outra banda confirmada são os Machine head, que vêm promover o último registo: The Blackening.

Após a estrondosa actuação a que assistimos dia 28 de Junho do ano transacto, no Super Bock Super Rock, a banda de James Hetfield vem promover o novo álbum a lançar esta Primavera perante um público mais vasto, mas talvez, menos eufórico.


Outras bandas que eu gostava de ver confirmadas para este dia, e que são perfeitamente aceitáveis para abrir para os mestres, seriam os Mastodon, os Trivium ou os Motörhead. Claro que a banda que eu mais gostava de ver seriam os In Flames, o que nem será assim tão utópico, pois, além de o novo álbum ser editado em breve, estarão em digressão, pois são presença confirmada para o Rock Am Ring (tal como os Motörhead), a decorrer em épocas do Rock in Rio.


Apesar de haver tantas críticas negativas ao Rock in Rio, a verdade é que o festival consegue sempre trazer grandes bandas (como na edição de 2004, com Sepultura, Slipknot e Metallica).


Até lá, é esperar pelo novo álbum e imaginar que os Metallica tenham uma prestação tão boa como aquela que tiveram a ano passado, mas de certo que o monstro está mais vivo que nunca.


Nota Trivial: inicialmente o dia 5 de Junho não constava nas datas do festival, mas como dia 7 coincide com a estreia de Portugal no Euro 2008, a organização trocou os dias (dia 7 por dia 5).

11 janeiro 2008

Primitive Reason

Em breve, a entrevista à banda portuguesa, relativamente ao lançamento do novo EP: Cast The Way.

07 janeiro 2008

Metallica

Os Metallica são presença confirmada para o (grande) Rock Am Ring 2008. A par do quarteto de Master Of Puppets, encontram-se confirmados outros grandes nomes, como Bullet For My Valentine, Dimmu Borgir, In Flames, Motörhead ou Rage Against The Machine.

Quanto à sua presença em Portugal, depreende-se que a organização do Rock in Rio se encontre em negociações com a banda, pois apesar de a Visão a ter apontado como presença certa na edição do presente ano do festival, o que é certo é que ainda não há certezas.

Como o Rock in Rio vai ter lugar nos dias 30 e 31 de Maio, e 6, 7 e 8 de Junho, e os Metallica terem, por enquanto, esta data livre na agenda de concertos, há bastante esperança em ver a banda de James Hetfield em territórios lusos pelo segundo ano consecutivo.

Aqui fica a o link com a lista de concertos agendados, até agora, pela banda.

06 janeiro 2008

Metallica

O que é que se pode tornar mais arrepiante que a Ecstasy Of Gold, vulgarmente conhecida como a música d’ O Bom, O Mau e O Vilão, de Ennio Morricone? A resposta é: a cover dos Metallica da Ecstasy Of Gold, de Ennio Morricone.

Ao longo de 20 anos a abrir concertos dos Metallica, chegou a altura de os mestres lhe prestarem a sua homenagem (e que bem que o fizeram!) no tributo ao grande compositor clássico que é Ennio Morricone , no álbum We All Love Ennio Morricone.

Com a devida justiça, este instrumental dos Metallica valeu-lhes uma nomeação para os Grammy’s, de 2008, na categoria 19 - Best Rock Instrumental Performance. Nesta categoria estão também nomeados os grandes Satriani e Vai, tal como o veterano Bruce Springsteen (também pela sua cover no falado álbum-tributo) e, os Rush.


A lista completa, para a dada categoria:

1 - The Ecstasy Of Gold
Metallica
Track from: We All Love Ennio Morricone
2 - Malignant Narcissism
Rush
Track from: Snakes & Arrows
3 - Always With Me, Always With You
Joe Satriani
Track from: Satriani Live!
4 - Once Upon A Time In The West
Bruce Springsteen
Track from: We All Love Ennio Morricone
5 - The Attitude Song
Steve Vai
Track from: Sound Theories Vol. I & II


Mais palavras para quê? Simplesmente, deixo aqui a música, com direito a trechos do Western Spaghetti, de Sergio Leone, para quem não a conhece; para quem já conhece, não fará mal assimilá-la mais uma vez.



Nota trivial: quem faz o solo é James Hetfield. Com uns Wah's a soar tanto à Kirk Hammet, nunca imaginaria. Incrível!

05 janeiro 2008

The Nightwatchman

One Man Revolution

Data de Lançamento: 24/04/2007
Label: Buds Garage and Southern Tracks Recording
Alinhamento:
1. California's Dark
2. One Man Revolution
3. Let Freedom Ring
4. The Road I Must Travel
5. The Garden of Gethsemane
6. House Gone Up in Flames
7. Flesh Shapes the Day
8. Battle Hymns
9. Maximum Firepower
10. Union Song
11. No One Left
12.
The Dark Clouds Above
13. Until the End

Seguindo o legado dos Rage Against The Machine, Tom Morello continua a solo com o seu alter-ego, The Nighwatchman, com a essência das letras do quarteto de Los Angels - politicas e de revolta.


De guitarra acústica ao ombro sobre um fundo castanho se forma a figura de Morello na capa do seu primeiro trabalho a solo (One Man Revolution), reflectindo a sua atitude nos últimos anos, quando andava a tocar em pequenos bares, sob a designação que agora representa o seu nome artístico.


Tom Morello, famoso pela sua técnica original de tocar guitarra nos projectos anteriores, em One Man Revolution, isto é deixado de lado, dando, as guitarras distorcidas com efeitos moldados, lugar, à guitarra acústica e à harmónica.


Este é um registo simples e interior, apoiando-se no Folk e no Anti-Folk (folk cru e politico dos 60’s, em que se punha em questão as convenções musicais e a música mainstream), onde o importante é a mensagem a passar, tal como disse o próprio: “[Playing as The Nightwatchman] is something that I enjoy to do. I look at it more as an extension of my politics…”.


A par de Serj tankian (seu parceiro nos Axis Of Justice), que também se estreou a solo com Elect The Dead, One Man Revolution, de Tom Morello, é uma das grandes estreias a solo de 2007.


Letras – 8/10

Técnica – 5/10

Criatividade – 6/10

Vigor – 8/10

Avaliação geral: 6.75/10

Metallica

O álbum Metallica, vulgarmente conhecido por Black Album, chegou ao segundo lugar de álbuns mais vendidos nos Estados Unidos, tendo atingido 15 milhões de unidades vendidas. O mítico álbum preto vendeu 258 mil unidades por terras do Tio Sam, no ano transacto. Estas estatísticas são produzidas pela Soundscan, que regista as vendas de álbuns, tanto nos Estados Unidos como no Canadá.

A lista dos mais vendidos é a seguinte:

01. Come On Over - Shania Twain (15,449,000)
02. Metallica - Metallica (15,077,000)
03. Jagged Little Pill - Alanis Morissette (14,557,000)
04. Millennium - Backstreet Boys (12,099,000)
05. Bodyguard Soundtrack - Various (11,798,000)
06. Supernatural - Santana (11,643,000)
07. Human Clay - Creed (11,504,000)
08. No Strings Attached - N' Sync (11,104,000)
09. Beatles 1 - The Beatles (11,097,000)
10. Falling Into You - Celine Dion (10,768,000)

03 janeiro 2008

In Flames

Está para breve o novo álbum dos suecos In Flames. Será o seu nono álbum de longa duração. O sucessor de Come Clarity, lançado em 2006 pela major Nuclear Blast não trará surpresas em relação à sonoridade. Pela audição do single Abnegation, deixa-se antever um registo semelhante ao anterior, sendo catalogado pela crítica como metalcore ou, por vezes, emocore. Distinção esta que, embora pejorativa, faz jus ao que nos trouxeram as vocalizações de Anders Fridén em Come Clarity, embora o quinteto não tenha nada a provar, pois já cá andavam antes de surgirem determinados estilos musicais, que a critica se apressou a colar-lhes desde Reroute To Remain.

A banda de death-metal melódico tem disponível no seu MySpace uma secção onde se podem observar partes das sessões de gravação do novo registo, como que um diário em vídeo.

Entretanto, os fãs aguardam pelo resultado final com bastante expectativa.

01 janeiro 2008

Serj Tankian

Elect The Dead

Data de Lançamento: 23/10/2007
Label: Serjical Strike/Reprise Records
Alinhamento:

1. Empty Walls
2. The Unthinking Majority
3. Money
4. Feed Us
5. Saving Us
6. Sky Is Over
7. Baby
8. Honking Antelope
9. Lie Lie Lie
10. Praise the Lord And Pass the Ammunition
11. Beethoven's Cunt
12. Elect the Dead


Chegou às lojas, no passado dia 23 de Outubro, o primeiro registo de originais de Serj Tankian, vocalista e teclista dos System Of A Down.


Foi com a pausa intermitente dos descendentes de arménios que Serj se aventurou a solo, lançando um álbum quase inteiramente composto por ele – cerca de 85% do que se ouve em Elect the Dead veio da sua capacidade criativa.


Elect the Dead é rock alternativo, recheado de combinações Folk e até Jazz, dignas dos cinco álbuns dos S.O.A.D. É à fonte do disco homónimo deste quarteto que este álbum vai beber instrumentalizações e vocalizações (Praise The Lord And Pass The Ammunition é um grande exemplo). Contudo, Elect The Dead é mais cativante - leia-se pop - e intimista.


Através de todos os temas do álbum, deparamo-nos com interessantes transições de um eclodir instrumental frenético a refrões deveras pop e melódicos.


Este registo possui uma grande variedade de instrumentos, de realçar o piano, que Serj domina com grande sensibilidade melódica, e o violoncelo, mais perceptível e compreensível após algumas audições.


Aqui as letras de Serj, além de políticas e sociais, como se deixava prever, tanto pela sua carreira e projectos humanitários, como pelos primeiros singles de Elect The Dead - Empty Walls e The Unthinking Majority -, são, em algumas faixas, pessoais e intimistas, como em Feed Us, Lie Lie Lie ou Baby.


É com este álbum que Serj se afirma como um músico completíssimo e, é com este álbum, que, possuindo uma sonoridade semelhante à do quarteto de Toxicity, que Serj Tankian demonstra que muito do que nos chegou da banda de Los Angels foi fruto do seu poder criativo.


Elect The Dead foi quase inteiramente composto por Tankian, foi produzido por este no seu estúdio, em sua casa, e foi editado pela sua editora, a Serjical Strike.


Serj Tankian prova, neste seu primeiro trabalho a solo, o compositor eclético e criativo que é, e cimenta o seu estatuto como um dos melhores músicos da actualidade.


Quando o rock se alia à arte o resultado é Elect The Dead – uma obra-prima.


Letras – 8/10

Técnica – 8/10

Criatividade – 9/10

Vigor – 7/10

Avaliação geral: 8/10